O novo presidente do Banco do Brasil (BB), Aldemir Bendine, garantiu hoje que a instituição vai reduzir as suas taxas de juros e o "spread" bancário de forma agressiva para ganhar quota de mercado.

"Não é para imaginar que vamos entrar abaixando o 'spread' de forma desorganizada, mas o banco vai ser mais agressivo. A gente sempre teve taxas mais competitivas e isso vai ser mantido", afirmou Bendine durante uma teleconferência com analistas do mercado financeiro.

No último dia 08, o governo anunciou a saída do executivo Antonio Francisco de Lima Neto da presidência do BB, com o Presidente brasileiro Lula da Silva a admitir a sua "obsessão" em reduzir o "spread" bancário no Brasil.

"Spread bancário" é a diferença entre a taxa de captação e de aplicação praticada pelas instituições financeiras.

Bendine, que actualmente ocupa a vice-presidência de Novos Negócios e Cartões do BB, irá assumir oficialmente o cargo deixado por Lima Neto no próximo dia 22.

Apesar de reforçar que o BB terá uma actuação mais agressiva este ano, o novo presidente do BB destacou que a instituição não deixará de buscar rentabilidade na sua operação.

"Vamos manter o nosso rigoroso padrão de análise de crédito e vamos trabalhar a fim de evitar qualquer descolamento no aumento da inadimplência (não pagamento na data de compromisso financeiro). Nossa agressividade não será no recuo da análise de crédito. É alavancar o crédito, mas com responsabilidade", assegurou.

Bendine ressaltou ainda que essa política de maior agressividade faz parte do contrato de gestão assumido com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e que a actuação irá ajudar no destravamento do crédito no Brasil, que, assim, como em todo o mundo, secou devido à crise internacional.