pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

"É plausível que Portugal volte a crescer ainda em 2012"

Portugal será o único país desenvolvido que estará em recessão neste e no próximo ano. Mas os economistas da OCDE que acompanham de perto a economia portuguesa acreditam que a actividade pode começar a recuperar ainda em 2012.

25 de Maio de 2011 às 16:31

A economia portuguesa continuará a contrair-se ao longo dos próximos meses, mas “em 2012 o ritmo da contracção deverá ser menos intenso e o regresso no final do ano a um crescimento trimestral positivo, ainda que modesto, é plausível”.

Ao Negócios, David Haugh e Álvaro Pina explicam que esta é uma previsão que envolve riscos equilibrados.

A economia pode contrair mais do que 2,1% neste ano e 1,5% em 2011 – como prevê a OCDE, no âmbito das novas previsões hoje divulgadas – caso o crédito se torne mais caro e escasso, provocando recuos ainda mais amplos no investimento e no consumo privado.

Em contrapartida, a recessão poderá também não ser tão cavada, se os sectores exportadores ampliarem as quotas de mercado, mediante ganhos de competitividade assentes em “salários e custos não-salariais mais baixos”, explicam, numa referência implícita às orientações fixadas no programa da troika, designadamente em relação à redução da taxa social única paga pela entidade patronal.

A OCDE, liderada por Angel Gurría (na foto), acredita igualmente que é reduzido o risco de Portugal mergulhar numa nova década de estagnação depois da forte “cura de austeridade” a que está agora submetido, e que fará também disparar o desemprego para novos recordes, na casa dos 13%. “A implementação das reformas orçamentais e estruturais previstas no programa da UE/FMI criará condições para o regresso ao crescimento nos anos subsequentes”.

A observância do mesmo receituário será também “fundamental” para combater o desemprego que, recordam os economistas, é explicado em larga medida por factores estruturais, anteriores à crise financeira internacional. “Já em 2007, quase metade do desemprego em Portugal era de longa duração (mais de 12 meses), bem acima da média da OCDE”, referem, para sublinhar a importância de políticas activas destinadas a tornar o mercado de trabalho “mais flexível e menos dual”.

Ao Negócios, David Haugh e Álvaro Pina explicam que esta é uma previsão que envolve riscos equilibrados.

A economia pode contrair mais do que 2,1% neste ano e 1,5% em 2011 – como prevê a OCDE, no âmbito das novas previsões hoje divulgadas – caso o crédito se torne mais caro e escasso, provocando recuos ainda mais amplos no investimento e no consumo privado.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio