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78 cursos superiores, maioritariamente de engenharia, sem alunos colocados na 2.ª fase

Um total de 78 cursos, maioritariamente na área da engenharia, distribuídos por 24 instituições públicas de ensino superior não teve qualquer aluno colocado na 2.ª fase do concurso de acesso, de acordo com dados divulgados hoje.

26 de Setembro de 2013 às 09:30

A engenharia já tinha sido na 1.ª fase do concurso nacional uma das áreas menos procuradas pelos candidatos a universitários.

De acordo com os números divulgados hoje pela Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES) em 1087 cursos superiores, distribuídos por universidades e politécnicos, há 17 cursos cuja média mais baixa de entrada ficou entre abaixo dos 10 valores, mas acima dos 9,5 valores (considerada uma nota positiva por arredondamento decimal, e a mínima permitida para aceder ao ensino superior público).

Os mesmos dados indicam que nesta fase de colocações 55 cursos registaram 30 ou mais alunos colocados, sendo que o curso de Direito na Universidade de Lisboa em regime pós-laboral contou com 86 candidatos colocados, sendo o que mais alunos colocou nesta fase.

Entre as médias de entrada mais elevadas nesta fase do concurso encontram-se dois cursos de medicina da Universidade do Porto, um da Faculdade de Medicina, o outro do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, que registaram, respectivamente, como nota de acesso mais baixa 18,83 valores (com quatro colocados) e 18,77 valores (com sete colocados).

Em ambos os casos as médias superam as médias de acesso da primeira fase, que foram na Faculdade de Medicina de 18,1 valores e no Instituto Abel Salazar de 18,07 valores.

Na 2.ª fase o terceiro curso com média de acesso mais elevada foi o de Design de Comunicação, na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, com um registo de 18,7 valores (com apenas um colocado).

Por outro lado, quatro cursos registaram a média mais baixa de acesso (9,5 valores) nesta fase colocações: Sociologia, em regime pós-laboral no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade de Lisboa (com 24 colocados); Comunicação Multimédia, do Instituto Politécnico da Guarda (com 12 colocados); Psicologia do Desporto e Exercício, do Instituto Politécnico de Santarém (com 11 colocados); e Gestão Artística e Cultural, no Instituto Politécnico de Viana do Castelo (com 10 colocados).

Na 2.ª fase a nota média de acesso, considerando todos os cursos a concurso, foi de 12,57 valores.

Entre os cursos com mais vagas a concurso nesta fase estavam Engenharia Civil, na Universidade de Coimbra (124 vagas); Direito, em regime pós-laboral, na Universidade de Lisboa (123 vagas) e Engenharia Mecânica, do Instituto Politécnico de Lisboa (110 vagas).

No outro extremo do número de vagas disponibilizadas, 19 cursos levaram a concurso nesta fase apenas um lugar.

Mais de metade das vagas por preencher

Mais de metade das vagas a concurso na 2ª fase de acesso ao ensino superior ficaram por preencher, com 11.648 lugares deixados vagos em 20.818 colocados a concurso, indicam dados divulgados hoje pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC).

De acordo com os números da Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES) dos 17.363 candidatos à 2ª fase do concurso nacional, 11.486 foram colocados, sensivelmente o mesmo número do que em 2012 e 2011.

Segundo dados do MEC, apenas 9.211 colocados nesta fase representam novos estudantes no ensino superior, uma vez que 2.275 já estavam matriculados num curso superior, na sequência da colocação obtida em 1.ª fase.

Dos 17.363 candidatos à 2.ª fase 8.068 são alunos que não tinham concorrido à 1.ª fase do concurso de acesso ao ensino superior, 2.066 são candidatos não colocados na 1.ª fase, 1.957 são colocados na 1.ª fase que não se matricularam, e 5.272 são alunos colocados e matriculados na 1.ª fase.

Este ano houve menos cerca de 1.500 candidatos do que em 2012 a esta fase do concurso de acesso ao ensino superior.

As mais de 20 mil vagas disponíveis, assim como os mais de 11 mil lugares deixados vagos, são superiores aos números de 2012 e 2011 em cerca de três mil para as vagas a concurso e lugares por preencher.

Em relação à 1.ª fase do concurso de acesso, a DGES revelou que 4.234 alunos colocados numa instituição de ensino superior pública na fase inicial não se matricularam, o que se traduz em 11% do total de alunos colocados não matriculados.

A percentagem de alunos que não se matriculou aumentou gradualmente em função das opções em que são colocados, sendo que são mais de 30% os alunos que não se matricularem quando ficaram colocados quer na sua 5.ª opção, quer na 6.ª.

Ao longo de mais de uma década, considerando dados desde 1999, a percentagem de alunos colocados na 1.ª fase que não se matriculou aumentou progressivamente, dos 8% de 1999 até aos 12% em 2012. Este ano registou-se uma ligeira descida face ao ano anterior, com 11,3% de alunos que não oficializaram a entrada no curso em que foram colocados.

Os alunos colocados na 2.ª fase devem matricular-se entre 26 e 30 de Setembro.

A 3.ª fase do concurso, na qual vão estar disponíveis as vagas que sobraram da 2.ª fase e as libertadas pela não concretização de matrículas, vai decorrer entre 03 e 07 de Outubro.

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