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Juncker faz "mea culpa" nos 20 anos do euro. "Nós insultámos a Grécia"

Nas comemorações dos 20 anos do euro, Jean-Claude Juncker admitiu que a União Europeia não foi "suficientemente solidária" com a Grécia.

Jean-Claude Juncker
Jean-Claude Juncker Reuters
15 de Janeiro de 2019 às 13:37

Estas declarações foram feitas no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, na comemoração dos 20 anos do euro. Foi a 1 de janeiro de 1999 que 11 países, incluindo Portugal, fizeram a maior operação de transição para uma moeda única. Contudo, a moeda só começou a circular a 1 de janeiro de 2002.

Juncker era presidente do Eurogrupo quando a "tragédia grega" arrancou e no terceiro capítulo desse enredo estava ao leme da Comissão Europeia. É, portanto, uma figura que esteve envolvida nesse processo, o que o leva a abordar este tema "pessoalmente". "Nós insultámos a Grécia", admitiu, referindo o "arrependimento" que sente por essa falta de solidariedade. 

.@JunckerEU #EUROat20 “The Economic and Monetary Union is peace policy by other means. The #euro is my generation’s contribution to European integration and European unity.” pic.twitter.com/FXvEjhGXQo

O presidente da Comissão arrepende-se também da importância que foi dada ao Fundo Monetário Internacional (FMI) na crise das dívidas soberanas. Para Juncker a Europa tinha força suficiente para se aguentar sem ser necessária a intervenção externa. "Se a Califórnia entrar em dificuldades [financeiras], não se dirige ao FMI, mas sim aos Estados Unidos. Deveríamos ter feito o mesmo", exemplificou. 

Recordando as críticas que eram feitas ao euro no início deste processo, Juncker assinalou que estar a comemorar os 20 anos do euro é uma "surpresa" uma vez que os apelidavam de "loucos" por criar uma moeda única para países tão diferentes.

"Estamos longe do abismo, porque hoje podemos ver que o trabalho que começámos há 20 anos foi bem-sucedido", afirmou, elogiando aqueles que souberam "antecipar o futuro".

Mas, tal como os restantes intervenientes, Juncker fez questão de sublinhar os passos que ainda faltam dar para fortalecer a União Económica e Monetária (UEM). O presidente da Comissão Europeia deu como exemplo a coordenação mais profunda das políticas orçamentais assim como a convergência económico-social dos Estados-membros que "ainda deixa a desejar".

O jornalista em Estrasburgo, a convite do Parlamento Europeu. 

O jornalista em Estrasburgo, a convite do Parlamento Europeu. 

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