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Quatro temas que marcaram a campanha presidencial em França

Desde há dois anos a ameaça terrorista passou a fazer parte do quotidiano dos franceses, fazendo com que segurança e imigração assumissem papel central na campanha eleitoral para as presidenciais gaulesas deste domingo.

França Paris Campos Elísios Terrorismo
França Paris Campos Elísios Terrorismo Reuters
21 de Abril de 2017 às 17:10

A campanha eleitoral para a primeira volta das presidenciais francesas que termina à meia-noite desta sexta-feira foi marcada pela centralidade que questões como a segurança e a imigração assumiram, em especial enquanto consequência dos diversos atentados terroristas que, ao longo dos últimos dois anos, tiveram como palco território gaulês. O presumível ataque terrorista desta quinta-feira em Paris foi mais um exemplo da ameaça que pende sobre França. 

No entanto foram os casos judiciais que marcaram a campanha, não só atingindo candidatos presidenciais mas também um ministro socialista. Temas mais habituais como o estado da economia e o ainda elevado desemprego acabaram por também marcar a campanha.  

No entanto foram os casos judiciais que marcaram a campanha, não só atingindo candidatos presidenciais mas também um ministro socialista. Temas mais habituais como o estado da economia e o ainda elevado desemprego acabaram por também marcar a campanha.  

Economia

Apesar de ser a segunda maior economia francesa da Zona Euro e, concluído o Brexit, também a segunda maior da União Europeia, o PIB gaulês tem crescido muito lentamente desde a crise financeira. Com um crescimento de 1,1% em 2016, a economia francesa abrandou face ao ano anterior, mostrando que os efeitos das políticas económicas de François Hollande não foram os desejados, ficando bastante aquém dos desempenhos de países como a Espanha ou a Alemanha.

 

Desemprego

O ano passado terminou com a taxa de desemprego em 10%, um nível bastante acima da média antes de 2008. Sendo que o problema mais grave prende-se com o desemprego entre os mais jovens, com cerca de 1 em cada quatro jovens com menos de 25 anos sem emprego. Mesmo tendo prometido que a criação de emprego seria uma prioridade da sua presidência, François Hollande sairá do Eliseu com níveis de desemprego pouco abaixo daquilo que encontrou.

Segurança-Imigração

França vive em Estado de emergência desde Novembro de 2015 aquando dos múltiplos ataques levados a cabo pelo Estado Islâmico no centro de Paris e que provocaram mais de uma centena de mortos. Esta situação de emergência vem sendo prolongada desde então, até pela repetição de novos atentados, como o de 14 de Junho do ano passado que provocou quase 100 mortes em Nice. Desde o ataque à redacção do Charlie Hebdo, em Janeiro de 2015, já morreram mais de 200 pessoas vítimas de ataques terroristas.

Com esta realidade como pano de fundo, questões como imigração e segurança estiveram no topo da agenda nesta campanha eleitoral. O tiroteio desta quinta-feira no centro de Paris confirmou que o terrorismo é, nesta altura, um tema de indiscutível importância para todos os cidadãos gauleses, e ao qual nenhum candidato presidencial pode fugir. 

 

Casos Judiciais

Um conjunto de polémicas com repercussões judiciais tomou conta da campanha, assumindo uma importância incontornável para o que será o resultado final nas eleições deste domingo. O caso mais relevante foi a acusação formal contra François Fillon por ter utilizado dinheiro público para remunerar trabalhos fictícios da sua mulher e dois filhos. Mas também Marine Le Pen está a ser investigada pelo uso indevido de fundos do Parlamento Europeu para criar empregos fictícios atribuídos a assistentes no plenário europeu que, na realidade, são funcionários da Frente Nacional.

Mais recentemente, Emmanuel Macron foi acusado – embora sem contornos judiciais - de deter dinheiro em offshores, acusação prontamente rejeitada pelo candidato. No final de Março, também o então ministro do Interior, Bruno Le Roux, demitiu-se após assumir ter contratado as filhas para desempenhar funções parlamentares durante as respectivas férias escolares, o que não afectando directamente nenhum candidato presidencial, acabou por, de uma forma geral, manchar ainda mais a imagem dos políticos e a do PS francês em particular.

Mais recentemente, Emmanuel Macron foi acusado – embora sem contornos judiciais - de deter dinheiro em offshores, acusação prontamente rejeitada pelo candidato. No final de Março, também o então ministro do Interior, Bruno Le Roux, demitiu-se após assumir ter contratado as filhas para desempenhar funções parlamentares durante as respectivas férias escolares, o que não afectando directamente nenhum candidato presidencial, acabou por, de uma forma geral, manchar ainda mais a imagem dos políticos e a do PS francês em particular.

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