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Sondagem: PP cai mas continua em primeiro e PSOE ultrapassa Unidos Podemos

O barómetro de Abril do instituto CIS mostra que o PP cai em relação a Janeiro mas continua destacado na liderança. Já o PSOE sobe e consegue ultrapassar o Unidos Podemos. Sondagem pode ser balão de oxigénio para Susana Díaz na corrida com Pedro Sánchez pela liderança socialista.

Mariano Rajoy
Mariano Rajoy Reuters
09 de Maio de 2017 às 16:11

Se as eleições gerais espanholas tivessem lugar agora o PP voltaria a ganhar, segundo a sondagem divulgada esta terça-feira, 9 de Maio, pelo instituto CIS. O barómetro de Abril atribui 31,5% das intenções de voto ao partido liderado pelo primeiro-ministro Mariano Rajoy, menos 1,5 pontos percentuais do que no último estudo de opinião do CIS, datado de Janeiro.

Já o PSOE consegue recuperar a segunda posição, subindo 1,3 pontos para 19,9%, superando assim o Unidos Podemos (aliança de esquerda entre o Podemos e os pró-comunistas da Esquerda Unida), que recua de 21,7%, em Janeiro, para 19,7%. Assim, os socialistas recuperam nas intenções de voto desde o barómetro do CIS de Novembro (17%). Também o partido de centro-direita Cidadãos cresce 2,5 pontos percentuais para 14,9%.

Este barómetro mostra que o descontentamento dos espanhóis relativamente à acção governativa do Executivo chefiado por Rajoy está a aumentar. Para 53,1% dos inquiridos a governação tem sido má ou muito má, acima dos 66,8% verificados no estudo de Janeiro. Apenas 12,2% dos entrevistados vê como boa ou muito boa a acção do Governo do PP.

El barómetro del CIS vuelve a poner las cosas claras. Los españoles quieren que les roben y que gobierne una gestora pic.twitter.com/vvupuT3I4V

Na opinião de 69% dos inquiridos a situação política espanhola é agora pior face a Janeiro, com 69% a considerarem que a mesma é má ou muito má.

A penalizar o PP estão, uma vez mais, os múltiplos casos de corrupção que de há muito vêm afectando a imagem dos conservadores. O estudo do CIS foi levado a cabo antes ainda de estalar a polémica relacionada com Ignacio González, ex-presidente da Comunidade de Madrid que foi entretanto preso. Contudo, esta sondagem já inclui o também recente caso que envolve o agora ex-presidente do PP de Múrcia, Pedro Antonio Sánchez, suspeito de corrupção em dois casos distintos.

Subida do PSOE dá alento à estratégia de Susana Díaz

Apesar de o PSOE permanecer com intenções de voto inferiores às registadas na última sondagem (23,1%) realizada pelo CIS com Pedro Sánchez ainda como secretário-geral socialista, a recuperação conseguida nos últimos meses poderá validar a estratégia seguida pela actual comissão gestora do partido e por Susana Díaz, presidente do Governo autonómico da Andaluzia.

A baronesa de Sevilha defende que os socialistas devem assumir o papel de oposição útil, construtiva e disponível para negociar com Rajoy.

Assim como a actual liderança que, em Outubro, assumiu interinamente a liderança do PSOE, na sequência do tenso Comité Federal – órgão máximo entre congressos – que ditou o afastamento de Sánchez e a rejeição do "não" a Rajoy, viabilizando um Executivo protagonizado pelo PP, após quase um ano sem um Governo em plenitude de funções.

Nas primárias do próximo dia 21 de Maio, o PSOE terá de escolher entre dois caminhos. Pese embora também Patxi López, ex-presidente do Parlamento e ex-presidente do Governo do País Basco, esteja na corrida, a decisão será entre Sánchez e Díaz.

O antigo líder defende como caminho para voltar ao poder a possibilidade de o PSOE fazer acordos à esquerda (designadamente com o Unidos Podemos) e a opção por uma oposição total ao Governo de Rajoy, que Sánchez considera irremediavelmente manchado pelos casos de corrupção.

Susana Díaz, com o apoio das principais figuras do partido (como os ex-líderes Rubalcaba, Zapatero ou Felipe González), sustenta que o lugar dos socialistas é ao centro-esquerda e que a colagem à esquerda populista (Podemos) pretendida por Sánchez coloca em risco a própria sobrevivência do PSOE.

Sem ter esquecido a forma como foi "apeado" do poder, com os barões socialistas a imporem o voto de  abstenção ao Governo de Rajoy, retirando Espanha de um prolongado impasse, Sánchez disse hoje via Twitter que as intenções de voto inferiores a 20% confirmam que o PSOE "sem líder e pela abstenção" deixa o país a cargo da direita.

¡Por debajo del 20%! Tal y como dijimos un @PSOE sin líder y en la abstención deja sin alternativa al país frente a la derecha.#CIS

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