BCE defende fundo de garantia de depósitos comum de 38 mil milhões de euros
O documento divulgado esta quarta-feira refere que um EDIS com este montante permitiria aos depositantes evitar perdas face a uma crise financeira ainda mais grave do que a registada entre 2007 e 2009.
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O estudo tenta dar resposta a algumas das principais objecções que têm travado durante anos o lançamento de um fundo europeu de garantia de depósitos, nomeadamente as preocupações da Alemanha e outros países de que acabariam por suportar os custos de problemas no sector financeiro que ocorram noutros países.
O EDIS implicaria proteger integralmente os depósitos até 100 mil euros em qualquer banco da Zona Euro e seria financiado pela banca com o apoio dos Estados-membros.
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Os autores do relatório concluíram que um montante de 38 mil milhões de euros não seria esgotado mesmo que 10% dos bancos com maior risco na Zona Euro entrassem em resolução simultaneamente e que o sector bancário sofresse perdas muito superiores às da última crise financeira.
O estudo estima que as instituições financeiras de qualquer país apenas receberiam mais do que pagaram nos cenários mais extremos e que estes apenas se colocariam na Grécia, Espanha, Bélgica, Chipre, Malta, Itália e, num caso, no Luxemburgo.
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"O EDIS ofereceria maiores benefícios em termos de protecção para os depositantes e apresenta riscos limitados, uma vez que a probabilidade e a magnitude das intervenções são baixas", referem os economistas.
Esta ideia baseia-se na suposição de que as contribuições dos bancos para o fundo dependam do seu risco. Os bancos alemães seriam os principais contribuintes para o EDIS, num total de 12.500 milhões de euros.
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