Tsipras feliz por "vitória da democracia"
Para Alexis Tsipras a vitória do "não" no referendo deste domingo, 5 de Julho, representa uma "vitória da democracia" e é a prova de que a democracia não pode ser chantageada. No discurso de reacção à já certa vitória do "não", Tsipras disse que "amanhã, juntos, iremos prosseguir o esforço nacional para superar a crise".
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Para o conseguir, Alexis Tsipras pretende retomar as conversações "já a partir de amanhã" com o objectivo de restaurar o normal "funcionamento do sistema bancário". "O Banco Central Europeu entende muito bem a crise humanitária que se vive na Grécia", garantiu o primeiro-ministro grego.
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Assumindo que o referendo irá permitir mudar o curso do debate europeu, Alexis Tsipras disse estar certo de que o mandato atribuído pelos eleitores gregos vai no sentido de, em conjunto com a Europa, se "encontrar uma solução que nos retire do círculos vicioso de austeridade".
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"Quero dizer um grande obrigado a todos os cidadãos europeus que mostraram solidariedade para com o povo grego", proclamou ainda Tsipras que tem noção de que a instrução dada pela população helénica "não é de conflito com a Europa, mas para ultrapassar o obstáculo da austeridade".
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"Vou fazer isso imediatamente", atirou antes de reconhecer saber que "não há soluções fáceis, mas há viáveis".
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Em relação ao aspecto formal do referendo hoje realizado, que questionada os eleitores sobre se o governo grego deveria, ou não, aceitar a proposta apresentada pelas instituições credoras a 25 de Junho, Tsipras vincou que "o povo grego respondeu à pergunta certa".
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"Não respondeu à pergunta de sim ou não ao euro. A Europa não é apenas um memorando, o povo grego diz que queremos a Europa da solidariedade", atirou.
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Tal como o seu ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, também Alexis Tsipras recorreu ao relatório esta semana publicado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para defender a necessidade de reestruturação da dívida grega". Por isso, o governante grego diz que a partir de "agora vamos também falar sobre a dívida". "O próprio FMI aceitou isso publicando um estudo que mostra que a dívida grega não é viável".
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Por fim, Tsipras anunciou que irá solicitar ao presidente da República grega que convoque uma reunião de emergência com todos os líderes dos partidos gregos com assento parlamentar. Tsipras pretende falar sobre "a situação" que se vive na Grécia e tentar encontrar uma espécie de caminho comum. Nesta reunião já não deverá estar Antonis Samaras, ex-primeiro-ministro e até agora líder do maior partido da oposição (Nova Democracia), que esta noite anunciou a sua demissão após novo desaire no referendo.
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