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Medina acredita que "BCE não permitirá" subida descontrolada nos juros da dívida

O ministro das Finanças afirmou, em declarações aos jornalistas à margem do Eurogrupo, que a reunião de emergência do Conselho do BCE transmitiu uma "importante" mensagem aos investidores mais especulativos.

Fernando Medina, ministro das Finanças
Fernando Medina, ministro das Finanças
16 de Junho de 2022 às 15:34

O Banco Central Europeu (BCE) não irá permitir que os juros das dívidas públicas de países como Portugal voltem a níveis incomportáveis como aconteceu na crise financeira. A convicção é do Ministro das Finanças, Fernando Medina, que participa esta quinta-feira num encontro do Eurogrupo no Luxemburgo.

Questionado à margem da reunião sobre o risco dos juros da dívida portuguesa dispararem até à linha vermelha de 7% - um dos fatores que obrigou o país a pedir ajuda à troika em 2011 -, Fernando Medina afirmou que este cenário "não será permitido" pelo BCE.

"Está fora do horizonte de qualquer perspetiva sobre a evolução dos juros", garantiu o ministro em declarações transmitidas pela Sic Notícias, numa altura em que os juros de Portugal estão próximos de 3%. Esta barreira foi ultrapassada esta semana pela primeira vez desde finais de julho de 2017, apenas dois meses depois da "yield" do país ter tocado os 2%.

A rápida evolução, que acompanha a tendência europeia, é uma reação à mudança de posicionamento do BCE. Após uma década de compras massivas de dívida e juros em mínimos históricos, a autoridade monetária vai acabar com as aquisições líquidas de títulos no início de julho e assim subir taxas no final desse mês.

O objetivo é travar a inflação, que já ultrapassou os 8% na Zona Euro. A turbulência nos mercados em reação ao anúncio foi notada pelo banco central liderado por Christine Lagarde, que se encontrou ontem de emergência e anunciou que vai acelerar o desenho de uma nova ferramenta anti-crise para impedir a "fragmentação".  

Fernando Medina considera que "esta declaração do banco central é importante" para "impedir movimentos especulativos sobre as dívidas soberanas dos vários países". Para o governante, Lagarde está a dizer aos mercados que "não aceitará" fragmentação da Zona Euro, dando assim maior proteção ao país.

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