Sarmento sobre proposta do PS para pensões: "Parlamento entenderá se quer deixar cair a redução do IRC em 2027"
"O Parlamento entenderá se quer deixar cair a redução do IRC em 2027". Foi assim que o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, se referiu à proposta dos socialistas para um aumento adicional de pensões no próximo ano, que depende, entre outras questões, do imposto.
Foi já no final da audição no Parlamento, nesta sexta-feira, 7 de novembro, que Joaquim Miranda Sarmento falou sobre a proposta de aumento adicional de pensões do PS.
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Depois do "gato escondido com rabo de fora", a proposta dos socialistas para um aumento adicional das pensões no próximo ano sofreu alterações significativas, dependendo, agora, depende de um conjunto de variáveis na mão do Governo: a execução orçamental no próximo ano, o eventual bónus extraordinário de pensões e, a partir de 2027 e se necessário, um recuo na descida do IRC.
"A proposta parece-me que assenta em duas coisas contraditórias: uma margem para um bónus de pensões em 2026 passar a um aumento estrutural em 2027", começou por dizer o ministro, sinalizando que o 'pagamento' a partir de 2027 seja por via da não redução de um ponto percentual do IRC.
Por isso, disse que "o Parlamento terá de decidir se quer, de facto, deixar cair a descida de IRC", considerando que seria "irónico" que o Parlamento decidisse nesse sentido, poucos dias depois de a descida ter sido publicada em Diário da República.
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Esta sexta-feira foi publicada em Diário da República a redução da taxa de IRC nos próximos anos, sendo de 19% em 2026 e de 18% em 2027.
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