"É falso". Ministro da Presidência rejeita que imigrantes sejam "parasitas do Estado"
Interpelado pelo Chega, o ministro António Leitão Amaro repetiu três vezes que "é falso" afirmar que os imigrantes estejam a aproveitar-se dos apoios sociais do Estado. "Para nós o crime não tem cor de pele, não tem nacionalidade, religião, nem na vítima nem no autor", acrescentou.
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O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, rejeitou esta quarta-feira a ideia de que os imigrantes sejam parasitas do Estado, apontando para os dados estatísticos disponíveis sobre esta matéria.
"É falso, é falso, é falso", repetiu, por três vezes, Leitão Amaro na audição parlamentar no âmbito do Orçamento do Estado para 2026, indicando que "os imigrantes beneficiam do RSI menos do que a sua proporção na população portuguesa."
Em resposta ao deputado do Chega, Ricardo Lopes Reis, o ministro da Presidência afirmou que "é falso que os imigrantes sejam parasitas e parasitem o Estado social, ou que seja, justo falar das pessoas estrangeiras como parasitas ou criminosos." O responsável sublinhou que "para nós o crime não tem cor de pele, não tem nacionalidade, religião, nem na vítima nem no autor." Dirigindo-se ao parlamentar do Chega, afirmou: "Quem faz afirmações que são desmentidas pelos números está a mentir aos portugueses. Os números da criminalidade não acompanharam o aumento dos imigrantes", que quadruplicou entre o final de 2017 e o final do ano passado.
O deputado Ricardo Lopes Reis, na intervenção, falou de "imigração justa e responsável", para que "quem contribui fica, quem parasita vai para o sítio de onde veio." E acrescentou que "isso não é radicalismo, é soberania. Quem não cumpre é-lhes retirada a nacionalidade."
Na resposta, Leitão Amaro, afirmou que "a sua correlação entre crime e imigração é falsa."
AIMA já não é "embaraço"
Questionado pelo deputado social-democrata António Rodrigues sobre o funcionamento da AIMA, o ministro da Presidência, afirmou que a Agência que regula as migrações, "é hoje muito mais competente e muito mais ágil" do que quando foi criada.
António Leitão Amaro reconheceu que a AIMA ainda "tem um longo caminho a fazer" que vai "ter de fazer coisas que ainda não faz suficientemente bem, com mais medidas de integração e mais estratégias para a atração de talento", mas quando "faz dois anos", acrescentou, "podemos ter orgulho na AIMA" que "há um ano era um embaraço."
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