TAP e Novo Banco absorvem grande parte dos apoios? "Não discriminamos empresas"
Na audição de especialidade sobre o Orçamento suplementar, o Governo fez um apelo à "responsabilidade" dos partidos, lembrando que é preciso ir buscar financiamento ao mercado "numa escala significativa" já em julho.
"Não discriminamos umas empresas em relação às outras", defendeu António Mendonça Mendes, secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais, esta terça-feira, na defesa do Orçamento suplementar, perante os deputados da comissão parlamentar de Orçamento e Finanças. Durante a audição, o Governo foi criticado tanto pela direita, como pela esquerda parlamentar, por distribuir de forma desequilibrada os apoios concedidos às empresas, gastando demasiado com as grandes entidades, como a TAP e o Novo Banco. Mendonça Mendes respondia à esquerda do BE e do PCP, mas também a Cecília Meireles, deputada do CDS. O comunista Duarte Alves lamentou a falta de apoios para as microempresas, a deputada bloquista Mariana Mortágua caracterizou o suplementar como um "bar aberto em termos de benefícios fiscais" que vai beneficiar as grandes empresas. Já a deputada pelos centristas criticou a distribuição dos apoios: " Tal como o Negócios já tinha noticiado, só a TAP e o Novo Banco explicam dois mil milhões de euros do défice orçamental esperado para este ano. O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais esforçou-se por contrariar a ideia, mas não questionou os números. " É preciso ir aos mercados em julho Durante a audição, a oposição foi muito crítica da proposta de alteração ao Orçamento apresentada pelo Governo. O PSD acusou o Executivo de apresentar um "documento de faz de conta" por ter subjacente um quadro macroeconómico que os sociais-democratas consideram desajustado, já que a recessão projetada é de 6,9%, inferior às previsões das principais instituições internacionais. E considerou como mera "propaganda" a verba de 37 milhões de euros para o acréscimo do investimento público. Mariana Mortágua tentou obter a concordância do Executivo em relação ao impedimento das empresas parqueadas em offshores acederem aos apoios públicos e Cecília Meireles garantiu que o partido vai apresentar uma proposta para proteger os sócios-gerentes. O prazo para a entrega de alterações termina esta quarta-feira.
Tal como o Negócios já tinha noticiado, só a TAP e o Novo Banco explicam dois mil milhões de euros do défice orçamental esperado para este ano.
É preciso ir aos mercados em julho
Durante a audição, a oposição foi muito crítica da proposta de alteração ao Orçamento apresentada pelo Governo. O PSD acusou o Executivo de apresentar um "documento de faz de conta" por ter subjacente um quadro macroeconómico que os sociais-democratas consideram desajustado, já que a recessão projetada é de 6,9%, inferior às previsões das principais instituições internacionais. E considerou como mera "propaganda" a verba de 37 milhões de euros para o acréscimo do investimento público.
Mariana Mortágua tentou obter a concordância do Executivo em relação ao impedimento das empresas parqueadas em offshores acederem aos apoios públicos e Cecília Meireles garantiu que o partido vai apresentar uma proposta para proteger os sócios-gerentes. O prazo para a entrega de alterações termina esta quarta-feira.
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