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Tribunal de Contas rejeita ser “obstáculo” à atividade do Estado

Presidente do organismo que fiscaliza as contas públicas garante que em média, o Tribunal demora entre "10 a 11 dias" a dar uma resposta. Dos mais de 2200 contratos recebidos este ano, apenas 12 tiveram recusa de visto.

José Tavares, Tribunal de Contas
José Tavares, Tribunal de Contas Miguel Baltazar
02 de Novembro de 2023 às 09:59

O presidente do Tribunal de Contas (TdC) rejeita a ideia "disseminada não se sabe por quem" de que a instituição é um obstáculo à atuação do Estado, atrasando os investimentos por demora nas respostas aos pedidos de fiscalização prévia.

"Não posso deixar de clarificar aqui uma ideia, que não sei quem é que dissemina, mas a verdade é que por vezes é disseminada de que a fiscalização prévia do Tribunal de Contas faz demorar a atividade da administração pública sendo por vezes até considerado um obstáculo", afirmou esta quinta-feira o presidente do TdC, o juiz conselheiro José Tavares.

Na audição no âmbito do Orçamento do Estado para 2024, José Tavares garantiu que tal "não é verdade, porque em média o Tribunal de Contas demora 10 a 11 dias para apreciar um processo de fiscalização prévia" e os casos de recusa são "diminutos". O juiz conselheiro acrescentou que este ano a instituição "já recebeu 2.250 contratos e vejam só quantos são os casos de recusa de visto: 12."

"Perguntarão, então o Tribunal é muito benevolente. Não as, entidades da administração pública, sabem que quando há fiscalização prévia, esmeram-se para cumprir todos os princípios, nomeadamente os da sã e leal concorrência", explicou, concluindo que "é tudo mais fácil".

 

O presidente do TdC sublinhou que a "função disciplinadora" funciona e que é "ótima para a prossecução do interesse público, para a escolha das melhores propostas e para a defesa da economia de mercado.

 

Avaliação sísmica

Na intervenção inicial o presidente do Tribunal de Contas revelou que, no âmbito da atividade do organismo para o próximo ano, está a ser ponderada uma auditoria sobre a preparação do país para enfrentar sismos.

 

"Estamos a ponderar uma outra matéria – atendendo ao número de sismos – realizar uma auditoria sobre o que designaria como preventiva", para avaliara em que "medida estamos preparados para enfrentar uma catástrofe dessa natureza", lembrando que está a ser concluída "uma auditoria na Região Autónoma dos Açores sobre esta matéria".

 

José Tavares referiu ainda as "auditorias solicitadas pela Assembleia da República e eu recordo aqui a ANA, Efacec, os benefícios fiscais do Fundo Ambiental, as baixas por doença, para além do acompanhamento da fase final do Novo Banco." O juiz conselheiro lembrou que "futuramente irá realizar-se uma auditoria à TAP que também está a ter no seu desenvolvimento".

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