Afinal, proposta do Governo não reforça aumentos para 2026
A proposta de aumentos salariais para 2026 não está, afinal, clarificada. De acordo com os Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, na primeira proposta entregue aos sindicatos o Governo mantém os aumentos transversais já previstos de 58,56 euros ou 2,15%.
“Há um alargamento do protocolo negocial do que firmámos até 2029 e para 2026 há uma atualização” de 2,15%, tal como já constava no acordo, com um mínimo em valor absoluto de 58,56 euros, disse Helena Rodrigues, presidente do STE, contrariando a informação inicialmente noticiada pelos jornalistas com base nas declarações do líder da Fesap.
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Então não há reforço de aumentos para o próximo ano? “Para já não, era o que estava no acordo”, esclareceu. “Mas o processo de negociação começou agora, vamos ver o que conseguimos fazer nas próximas reuniões”.
Para o ano de 2029, aí sim, preveem-se aumentos mínimos transversais de 60,52 ou 2,3%, tal como o acordo já previa para 2027 e 2028, o que significa que nesta primeira proposta apenas se estende no tempo o acordo, com valores semelhantes aos que já estavam previstos a partir de 2027.
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Sebastião Santana, da Frente Comum (CGTP), confirmou o mesmo. "A proposta do Governo é manter o acordo que tem, com o valor de 56,58 euros de aumento [ou 2,15%] para o próximo ano, e depois prolongar o acordo até 2029, no âmbito de antecipação do que pode ser a duração da legislatura", disse, anunciando uma greve para 24 de outubro.
Questionado sobre o que tinha dito para 2026, José Abraão admite que na proposta o aumento do próximo ano não está claro. “Recebemos o documento, prometemos que o íamos analisar e verificámos que o aumento de 60,52 é para 2029” e não necessariamente para 2026.
“Na proposta que nos foi entregue não está claro o valor do próximo ano. A única coisa que se diz é que o aumento acumulado não será inferior a 293,14 euros" mas sem explicar exatamente em que anos”. "Esperamos que as contas que o Governo nos apresentou na proposta sejam esclarecidas. O Governo já disse que vai enviar novo documento corrigido".
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O Negócios pediu ao Ministério das Finanças que esclareça os valores da proposta e aguarda resposta.
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