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Estado alemão comprou novo CD para perseguir quem foge ao fisco

O CD custou quatro milhões de euros. O Estado da Renânia-Palatinado espera obter em impostos 125 vezes mais: 500 milhões de euros.

16 de Abril de 2013 às 14:14

O Estado federado da Renânia-Palatinado, liderado pelos social-democratas (SPD) e Verdes, na oposição no Governo federal de Angela Merkel, anunciou nesta terça-feira, 16 de Abril, ter comprado um novo CD com informações sobre contas secretas que residentes na Alemanha mantêm no exterior.

O Executivo diz esperar recolher 500 milhões de euros em impostos adicionais. Segundo Carsten Kuehl, o ministro das Finanças da Renânia-Palatinado, o CD foi comprado por quatro milhões de euros. "Esperamos que as informações agora fornecidas nos permitam produzir receitas fiscais da ordem de 500 milhões de euros em toda a Alemanha”.

Não foi fornecida mais informação, mas o “Der Spiegel” escreve que a Suíça é, de novo, a origem deste novo CD que fornecerá informações sobre 10 mil evasores fiscais.

A compra por entidades públicas de informação obtida ilicitamente sobre quem foge ao fisco tem gerado grande controvérsia na Alemanha, mas está a tornar-se crescentemente aceite – e não só além Reno.

Em França, já em 2010 Christine Lagarde, actual secretária-geral do FMI e então ministra das Finanças, teve acesso a um CD do UBS de Zurique com centenas de evasores franceses mas também gregos. O refúgio de poupanças na Suíça tem marcado a actualidade francesa, depois de o ministro do Orçamento, Jérôme Cahuzac, ter sido forçado a demitir-se por ter mentido sobre as contas bancárias que mantinha na Suíça. No rescaldo, o presidente François Hollande lançou-se numa nova campanha contra a evasão fiscal que, simbolicamente, passou também pela revelação pública do património de todos os seus ministros.

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