Numa altura em que têm sido várias as casas de investimento a mostrarem-se mais pessimistas relativamente ao desempenho das duas cotadas do grupo EDP em bolsa, vão ser conhecidos os resultados dos primeiros nove meses do ano. No primeiro semestre, a EDP reportou uma queda de 7% nos lucros, mas reviu em alta as perspetivas de resultado líquido para o acumulado de 2025. Já a EDP Renováveis viu os lucros caírem 56% até junho, mas manteve inalteradas as perspetivas definidas para o presente ano. 

O emprego acelerou no segundo trimestre do ano, subindo 2,9% em termos homólogos e a taxa de desemprego fixou-se nos 5,9%, o valor mais baixo em quase três anos. Esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga os dados referentes ao terceiro trimestre do ano.

O mercado estará atento à análise desta quarta-feira do Supremo Tribunal dos EUA que vai ouvir os argumentos da Administração Trump para ter aplicado as tarifas alfandegárias em abril deste ano - recordado como o "Dia da Libertação". O mais alto órgão judicial do país, composto por nove juízes, na sua maioria próximos dos republicanos, vai determinar se as taxas são legais. No início do ano, Trump argumentou, para aplicar as tarifas, que o défice comercial dos EUA, o maior do mundo, era uma "emergência nacional". Caso sejam consideradas ilegais, o Governo pode ver-se forçado a devolver milhares de milhões de dólares já arrecadados.

Com a mais longa paralisação do governo dos EUA da história em curso, a divulgação de dados oficiais está interrompida, pelo que os investidores vão focar-se nos relatórios económicos privados, como o do emprego da ADP, referente a outubro. No mês anterior, as empresas privadas cortaram 32 mil empregos, após uma perda de três mil em agosto, contrariando as previsões de uma subida de 50 mil empregos. Esta foi a maior queda no número de empregos desde março de 2023 e a primeira vez desde 2020 que o setor privado regista cortes de empregos durante dois meses consecutivos. O relatório deverá dar mais pistas à Reserva Federal sobre a saúde do mercado de trabalho dos EUA, bem como para os investidores avaliarem os próximos passos do banco central. 

Na Zona Euro teremos os dados dos índices dos gestores de compras (PMI) pelo Banco Comercial de Hamburgo (HCOB), relativos a outubro. Serão divulgados os PMI compósitos, bem como os dados desagregados para os serviços do bloco. Em agosto, a atividade das principais economias registou abrandamentos, evidenciando a dificuldade em sair do quadro de estagnação, mas em setembro apresentou um ligeiro avanço. Serão também veiculados os mesmo indicadores para França, Espanha, Itália e ainda Alemanha. Do lado de lá do Atlântico, será revelado o PMI dos serviços dos EUA no mês passado, pelo ISM. No Reino Unido, serão divulgados os mesmos dados pela S&P Global. Destaque ainda para os dados do índice de preços no produtor (IPP) e da confiança do consumidor na Zona Euro.