Trump já mandou renegociar acordos comerciais
Donald Trump assinou esta segunda-feira, 23 de Janeiro, um decreto presidencial para dar início à renegociação do Acordo de Comércio Livre da América do Norte (NAFTA na sigla inglesa), que envolve o Canadá e o México.
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Segundo noticia a CNBC, o novo presidente dos Estados Unidos prepara-se para ordenar também o abandono da Parceria TransPacífico (TTP) e o início de negociações, numa base individual, com os outros 11 países abrangidos até agora por esse acordo: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Singapura e Vietname.
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Depois de vários anos de negociações, esse acordo de associação comercial foi assinado em 2015 por 12 países que abarcam 40% da economia mundial, tendo Barack Obama sido um dos seus grandes impulsionadores. No entanto, a Parceria TransPacífico não chegou a ser ainda ratificada pelo Congresso americano, precisamente devido à oposição dos republicanos.
Para liderar essas negociações, o líder empossado na sexta-feira, 20 de Janeiro, escolheu Wilbur Ross, um velho amigo de 79 anos, com uma fortuna avaliada em 2,9 mil milhões de dólares, que colocou como responsável pela pasta do Comércio na nova administração. Será acompanhado por Robert Lighthizer, advogado republicano que Trump levou também para a Casa Branca, e Peter Navarro, professor de Economia da Universidade da Califórnia conhecido pelas suas críticas à China.
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Estas primeiras decisões, conhecidas no dia em que Trump recebe representantes empresariais e dos trabalhadores, confirmam as ideias de maior proteccionismo partilhadas durante a campanha eleitoral e repetidas no discurso de tomada de posse como 45.º presidente dos Estados Unidos, em que anunciou que vai "seguir duas regras simples: comprar e contratar americanos".
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Trump sublinhou que a maior economia do mundo tem de proteger as suas fronteiras "da devastação causada por outros países que produzem os [seus] produtos, que roubam as [suas] empresas e destroem os [seus] empregos", adoptando o slogan nacionalista "América primeiro". Deixando claro que seguirá uma política proteccionista, com reflexos no comércio, impostos ou imigração, prometeu que esse proteccionismo "vai trazer grande prosperidade e poder" ao país.
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