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Dilma: "Não vai haver estabilidade política no Brasil"

A Presidente atacou os velhos aliados do PMDB, Cunha e Temer, insistiu que não há base legal para "impeachment" e que está a ser vítima do "veio golpista adormecido" que diz persistir no país. Se for afastada, "não vai haver estabilidade política", avisou.

Dilma Rousseff
Dilma Rousseff Reuters
19 de Abril de 2016 às 17:12

Dilma Rousseff convocou nesta terça-feira, 19 de Abril, os correspondentes dos meios de comunicação internacional para insistir na tese de que que não há base legal para a sua destituição.

"É um golpe. É um golpe porque está revestido de um pecado original, que é não ter base legal para o meu impeachment". O que está a acontecer, disse, é o reflexo do "veio golpista adormecido" que diz persistir no país. Se for afastada da presidência, "não vai haver estabilidade política", avisou.

A Presidente atacou directamente Eduardo Cunha, líder da Câmara dos Deputados, e Michel Temer, vice-Presidente do país e seu provável sucessor, acusando os velhos aliados do PMDB – partido com o qual concorreu coligada em 2014 – de serem os orquestradores de uma "conspiração" que visa dar-lhes o poder por meio de uma "eleição indirecta".

"Estou sendo vítima de um processo de meias-verdades – aquela parte da verdade que é mentira". "Estou sendo vítima de uma conspiração" e da "acusação do crime de responsabilidade sem base legal e, ao mesmo tempo, de um golpe", repetiu.

Quanto às chamadas "pedaladas fiscais", que permitiram mascarar a situação financeira do país, e aos decretos presidenciais publicados ilegalmente sem autorização do poder legislativo, Dilma disse que só pode ser analisado o que aconteceu a partir de 2015, ano em que se iniciou este seu segundo mandato, e desvalorizou a sua importância. Segundo o que afirmou, trata-se de questões "contábeis e fiscais [orçamentais]" sem impacto no limite da despesa.

A responsabilidade pelo descontrolo das contas públicas, acrescentou, está nas "pautas-bomba", nas propostas "populistas" aprovadas na câmara que inviabilizaram o ajustamento orçamental pretendido, disse, sem referir que várias medidas do governo foram travadas por deputados na antiga base aliada, designadamente por membros do PT, o seu partido.

Sobre o que sucederá com a realização dos Jogos Olímpicos, que o Rio de Janeiro acolhe em Setembro, Dilma mostrou-se confiante de que o país está preparado para o desafio. "A despeito da aventura golpista, continuamos ser a sétima maior economia do mundo", argumentou.

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