Trump: Recebi uma linda carta de Xi. Vamos ver se juntos conseguimos chegar a acordo
Donald Trump declarou esta quinta-feira, 9 de maio, que recebeu uma "linda carta" do presidente chinês, Xi Jinping, numa altura em que as negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo prosseguem em Washington.
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"Xi acabou de me escrever uma linda carta. Recebi-a há pouco e provavelmente falarei com ele por telefone", declarou o presidente norte-americano, citado pela Reuters. "Trabalhemos juntos e vejamos se conseguimos que algo seja feito", acrescentou.
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Liu He, o representante comercial do presidente chinês, Xi Jinping, regressou hoje – a viagem chegou a estar marcada para ontem – a Washington para uma nova ronda de conversações comerciais, mas intensifica-se a especulação sobre se haverá um entendimento a tempo de não ser imposto um aumento das tarifas aduaneiras.
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Ontem, Trump veio dizer que a China "quebrou o acordo", acusando Pequim de renegar os compromissos que já tinham sido assumidos, pelo que os receios de um não entendimento se agravaram. E, à falta de acordo, o agravamento das tarifas alfandegárias entra já em vigor às 00:01 de Washington (04:01 em Lisboa)
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No domingo, 5 de maio, a Casa Branca intensificou a pressão sobre a China, ao anunciar que a partir do dia 10 os EUA iriam impor tarifas aduaneiras adicionais sobre produtos chineses se não houvesse acordo comercial.
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O chefe da Casa Branca especificou que as tarifas de 10% sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares em produtos chineses importados pelos EUA irão subir para 25% a partir de sexta-feira e que "em breve" serão impostas tarifas de 25% sobre o equivalente a mais 325 mil milhões de dólares de produtos oriundos da China.
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Com esta "ameaça", chegou-se a recear que a China desistisse de enviar a sua delegação a Washington, mas Pequim manteve o seu plano de prosseguir as conversações. Resta saber se as duas partes conseguirão um entendimento.
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Na segunda-feira, as bolsas norte-americanas perderam terreno, mas conseguiram encerrar distantes dos mínimos da sessão. Contudo, no dia seguinte registaram uma queda muito maior. Porquê?
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A CNN diz que tem tudo a ver com um reforço de credibilidade das ameaças. Se tivesse sido apenas Trump a fazer a ameaça, todos já estão habituados a advertências do presidente dos EUA que depois não se concretizam. Acontece que na segunda-feira, já depois do fecho das bolsas do outro lado do Atlântico, o representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, e o secretário norte-americano do Tesouro, Steven Mnuchin, voltaram a brandir a ameaça de tarifas alfandegárias adicionais, tendo declarado à imprensa que Donald Trump estava a falar muito a sério. Foi o suficiente para as bolsas reagirem com este pessimismo.
Na quarta-feira as praças do outro lado do Atlântico mantiveram a tendência de descida e hoje prosseguem no vermelho.
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(notícia atualizada às 18:33)
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