Turquia: Milhares saíram à rua em Istambul contra o golpe
Apesar de estar sob Estado de Emergência, o Governo turco autorizou a manifestação convocada pela oposição para este domingo, 24 de Julho, que juntou milhares de pessoas em Istambul.
PUB
Pela primeira vez em três anos, milhares de apoiantes dos partidos da oposição saíram às ruas, e encheram a praça Taksim.
Num discurso que os jornais internacionais dizem ter sido conciliador com o país que apoia os partidos mais nacionalistas e islâmicos, o líder do partido Popular Republicano (CHP), Kemal Kiliçdaroglu, denunciou o golpe e pediu que os golpistas sejam penalizados.
PUB
A manifestação "República e Democracia" na praça central de Istambul pretendia ser de união a seguir à tentativa de golpe de Estado, que resultou na morte de 246 pessoas. e mais de dois mil feridos.
Kiliçdaroglu condenou os "apoios internos e externos" dados aos rebeldes e o bombardeamento da Assembleia Nacional, acabando por pedir um tratamento "ajustado à Lei". "Um Estado não pode por-se ao mesmo nível dos rebeldes", não pode dirigir com ódio e prejuízo.
PUB
Kiliçdaroglu condenou os "apoios internos e externos" dados aos rebeldes e o bombardeamento da Assembleia Nacional, acabando por pedir um tratamento "ajustado à Lei". "Um Estado não pode por-se ao mesmo nível dos rebeldes", não pode dirigir com ódio e prejuízo.
Também numa emissão quase inédita, os canais de televisão pró-governamentais transmitiram, em directa, este discurso, segundo a Reuters. "É um dia de união, um dia para contestarmos os golpes e regimes ditatoriais, um dia que devemos deixar ouvir a voz do povo", declarou ainda o líder do CHP, que convocou a manifestação, mas que recebeu o apoio do AKP, de Erdogan, e de outros grupos partidários.
PUB
No sábado, o primeiro-ministro Binali Yildirim informou que foram detidas, depois do golpe, 13 mil pessoas, incluindo 8.831 militares. Garantiu que irão ter um julgamento justo. A comunidade internacional tem assumido o apoio à democracia na Turquia, mas também tem mostrado preocupação pela purga lançada no país desde o golpe.
Mais lidas
O Negócios recomenda