UE quer reduzir dependência energética face à Rússia em três meses
Os líderes europeus, que se encontram em Bruxelas num encontro do Conselho Europeu, acordaram solicitar à Comissão Europeia um conjunto de medidas que tornem a Europa menos dependente das importações de energia provenientes da Rússia.
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A notícia avançada pela Bloomberg revela que a União Europeia (UE) responde desta forma à legislação, aprovada esta sexta-feira, que conforma a legislação russa à iminente anexação formal da região autónoma da Crimeia.
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A chanceler alemã Angela Merkel já anunciara, esta quinta-feira, que iria haver “mais sanções” e esta decisão aprovada em Conselho Europeu é mais um passo no sentido do isolamento internacional com que a Europa e os Estados Unidos têm vindo a ameaçar Moscovo em virtude da posição russa no caso da Crimeia.
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À margem da reunião dos líderes dos 28, o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, disse esta sexta-feira que a “UE decidiu reavaliar as relações com a Rússia” e insistiu na vontade europeia em “prestar todo o apoio necessário para manter a integridade da Ucrânia”.
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No combate de retaliações iniciado com as sanções económicas aplicadas pela UE e pelos Estados Unidos, esta sexta-feira o Kremlin decidiu exigir a Kiev o pagamento de mais de 11,500 milhões de euros, relativos ao fornecimento de gás natural, que a Ucrânia mantém em dívida com a Rússia. Antes, a empresa pública Gazprom já anunciara a suspensão da concessão de descontos no fornecimento energético à Ucrânia.
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Apesar do Presidente russo Vladimir Putin ter garantido que a Rússia não vai, neste momento, responder às novas sanções dos Estados Unidos, a retaliação contra Kiev deverá colocar ainda mais em causa a viabilidade financeira de um país que se encontra economicamente estagnado há já vários anos consecutivos.
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A Rússia é o principal fornecedor de energia para o mercado europeu, essencialmente através dos gasodutos e oleodutos que passam pela Ucrânia. De acordo com a Agência Internacional de Energia a dependência energética europeia em relação a Moscovo cifra-se em cerca de 60% mas deverá crescer até aos 80% no ano de 2035.
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