Xi Jinping pede a Trump que evite mais restrições comerciais
O presidente dos EUA disse na sua rede social que houve progressos no acordo de venda do TikTok nos EUA. Os dois líderes deverão reunir-se na Coreia do Sul, no final do próximo mês.
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Foi a primeira chamada desde junho. O Presidente dos EUA e da China falaram esta sexta-feira por telefone, numa tentativa de aliviar a tensão entre as duas maiores economias do mundo. Mas Xi Jinping deixou um pedido: a Casa Branca deve evitar medidas comerciais ainda mais restritivas e sugeriu que Washington oferecesse um "ambiente justo" para as empresas chinesas fazerem negócios. O pedido surge depois de a China ter proibido o uso dos semicondutores da norte-americana Nvidia.
A notícia foi avançada pela imprensa chinesa e citada pela Bloomberg, que afirma ainda que o Governo chinês disse "respeitar os desejos das empresas" que procuram finalizar um acordo de venda das operações norte-americanas do TikTok, da ByteDance. Xi Jinping terá ainda expressado confiança na resolução dos problemas entre os dois países.
Através da sua rede social, Truth Social, o Presidente norte-americano confirmou os avanços sobre o acordo da venda da aplicação de vídeos, bem como da guerra na Ucrânia e outros assuntos comerciais. Adiantou ainda que os dois líderes vão encontrar-se num fórum na Coreia do Sul, entre 27 de outubro e 1 de novembro
"Acabei de concluir uma chamada muito produtiva com o presidente chinês, Xi Jinping. Fizemos progressos em muitas questões muito importantes, incluindo comércio, fentanil, a necessidade de pôr fim à guerra entre a Rússia e a Ucrânia e a aprovação do acordo TikTok. Também concordei com o presidente que nos encontraríamos na Cimeira da APEC [Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico] na Coreia do Sul, que eu iria à China no início do próximo ano e que o presidente Xi, da mesma forma, viria aos Estados Unidos num momento oportuno. A chamada foi muito boa, falaremos novamente por telefone, agradeço a aprovação do TikTok e ambos estamos ansiosos para nos encontrar na APEC", escreveu.
O futuro do TikTok e uma possível extensão do acordo comercial em curso - que revoga algumas das tarifas - estavam no topo da agenda. Os dois países deverão ainda ter discutido o acesso da fabricante de chips Nvidia à China, atualmente dificultado pelos controlos de exportação dos EUA e pelos esforços de Pequim para conter a procura nacional destes produtos.
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