Portugueses desvalorizam “arrufos” entre Costa e Marcelo
"Quanto mais me bates, mais eu gosto de ti". O ditado deixou de ser tão utilizado por causa da violência doméstica, mas na política parece continuar a ser popular. Tal como os dois protagonistas desta história – Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa - que nos últimos meses têm alimentado várias quezílias, mas mantêm um bom relacionamento institucional.
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É nisso, pelo menos, que os portugueses acreditam. Uma sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF, publicada este sábado, 17 de julho, mostra que mais de metade (52%) dos inquiridos classifica como boa ou muito boa a relação entre o Presidente da República e o primeiro-ministro. "Nem boa, nem má" é a resposta de 35% e só 8% acha que é má ou muito má.
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Os eleitores socialistas e os mais velhos são aqueles que mais desvalorizam as disputas mais recentes entre os ocupantes de Belém e de São Bento; por outro lado, são os apoiantes do Chega que mais acreditam na deterioração das relações entre os dois responsáveis políticos na sequência de polémicas como a constitucionalidade dos novos apoios sociais, o isolamento profilático do primeiro-ministro, o possível regresso ao estado de emergência ou a atualização da matriz de risco.
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A alteração dos indicadores definidos para avançar ou recuar no desconfinamento é um dos conflitos mais latentes, com Marcelo a pedir que à incidência e ao índice de transmissibilidade (Rt) sejam adicionados outros, como a letalidade ou os internamentos em enfermaria e em unidades de cuidados intensivos, na sequência da vacinação contra a covid-19.
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Neste particular, os portugueses posicionam-se do lado de Marcelo: 48% referem que o chefe de Estado tem razão na questão da alteração da matriz de risco, enquanto 19% concordam com o líder do Governo socialista, que prossegue com os dois indicadores iniciais e tem aprovado os recuos nos concelhos de maior risco.
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Ainda assim, este inquérito revela que 83% dos portugueses defende a manutenção das restrições para o controlo da pandemia de covid-19 – os homens contestam mais estas medidas do que as mulheres (diferença de seis pontos, consoante o género) –, embora a maioria (65%) classifique a fiscalização dessas restrições como ineficaz.
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