António José Seguro: “Quem tinha de ceder nas negociações era o Governo”

O secretário-geral do Partido Socialista acreditou até quinta-feira “ao final do dia” que era possível chegar a um entendimento com o PSD e o CDS. Um dia mais tarde, porém, António José Seguro concluiu que não havia “disponibilidade para aceitar o caminho alternativo do PS”. O líder socialista revelou ainda que não concorda com a decisão do Presidente da República.
Bruno Simão/Negócios
Ana Luísa Marques 21 de Julho de 2013 às 23:56

António José Seguro revelou este domingo, em entrevista à SIC Notícias, que acreditou num entendimento entre os três partidos do arco da governação. “Na quinta-feira, 18 de Julho, fiquei convencido que era possível chegar a um acordo”, disse o líder socialista.

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Eu não entrei num processo negocial, entrei num processo de diálogo com dois partidos e não com o Governo. Não fui com as mãos a abanar. Levei as minhas propostas. Realistas e fundamentadas.

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 Na sexta-feira, no entanto, “houve mais uma reunião e chegámos à conclusão que não era benéfico para o País prolongar o processo de diálogo”.

 

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Questionado sobre os motivos que o levaram a mudar de ideias, Seguro começou por dizer que percebeu, após o encontro de sexta-feira, que “não havia disponibilidade por parte dos partidos da coligação para aceitar o caminho alternativo do PS”. “[O PS] queria que o PSD e o CDS colocassem preto no branco as propostas que aceitavam”, afirmou Seguro, acrescentando que as cedências tinham que ser feitas pelo PSD e CDS e não pelo PS. 

 

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António José Seguro: “Quem tinha de ceder nas negociações era o Governo”
Paulo Duarte/Negócios

“Há muita política de trincheira e pouca de compromisso”

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Apesar do fracasso das negociações, António José Seguro defendeu que “Portugal precisa de uma política de compromisso” mas que seja realizada logo após as eleições. “Há muita política de trincheira e pouca de compromisso”, acrescentou o líder socialista. 

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Recuando três semanas, até ao início da crise política, Seguro entende que “ela teve responsáveis”. “Iniciou-se com a demissão de dois ministros e foi provocada pelo Governo. Esta crise soma-se a um falhanço para retirar o País de uma crise económica e social”, disse Seguro, acrescentando que este “Executivo falhou em tudo”. “A sua política de austeridade somou crise à crise. E insistir na mesma política é errado e trágico”, defendeu. 

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Há muita política de trincheira e pouca de compromisso.

 

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António José Seguro entende ainda que a credibilidade do Governo está “no mínimo” e que esta não será restaurada pela moção de confiança que o Governo irá solicitar à Assembleia da República.

 

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(Notícia actualizada à 00h05)

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