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China considera cancelar conversações para acordo comercial

A ameaça de Trump, que anunciou maiores tarifas sobre as importações chinesas, está a abalar a forma como a China planeia prosseguir com as negociações. As reuniões desta semana poderão ser adiadas em um dia ou mesmo canceladas.

Donald Trump, Trump, Xi Jinping
Donald Trump, Trump, Xi Jinping Reuters
06 de Maio de 2019 às 07:44

Depois de Donald Trump ter anunciado a aplicação de tarifas mais pesadas sobre produtos chineses, a China está a reconsiderar o encontro que estava marcado para esta semana nos Estados Unidos, de acordo com fontes próximas das negociações citadas pela Bloomberg e pela CNBC. O jornal chinês South China Morning Post dá uma previsão diferente, admitindo não a ausência dos chineses mas que o encontro poderá agora ser adiado em um dia, e portanto de mais curta duração. 

Esta quarta-feira, 8 de maio, o vice-primeiro-ministro da China, Liu He, deveria dirigir-se à Casa Branca com uma ampla delegação, com o objetivo de fechar um acordo comercial até sexta-feira. Contudo, estes planos podem não vir a concretizar-se, deixando desta forma cair as negociações. 

A justificação para o recuo dos chineses está na ameaça de Trump, que anunciou este domingo, 5 de maio, que as tarifas de 10% sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares em produtos chineses importados pelos EUA irão subir para 25% já na próxima sexta-feira, 10 de maio.

Os Estados Unidos tinham já advertido que se não fosse alcançado um acordo, aumentariam de 10% para 25% a tarifa aplicada sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares de importações chinesas. Pequim respondeu que deveria retaliar com uma subida das taxas aduaneiras sobre cerca de 60 mil milhões de dólares de bens norte-americanos (anunciadas no ano passado como forma de retaliação).

As declarações do presidente norte-americano foram publicadas na respetiva conta do Twitter, e de acordo com a imprensa internacional, o objetivo seria pressionar os chineses nesta última fase de negociações. 

Em finais de fevereiro, Trump declarou que havia "uma boa probabilidade" de haver acordo entre os EUA e a China e que poderia estender o prazo de 1 de março (de aplicação de tarifas alfandegárias adicionais) e avançar com um encontro com o seu homólogo chinês, Xi Jinping. Esse prazo foi alargado e os representantes comerciais de ambos os lados têm vindo a manter sucessivas rondas de conversações, mas o acordo ainda está por ser anunciado. 

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