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Pedro Nuno ataca gestão das crises pela AD. Montenegro diz que segue política externa de Costa

Em mais um dia de campanha para as eleições de 18 de maio, o líder do PS lembrou os tempos da troika e alertou para a crise económica internacional que se avizinha. Já o presidente do PSD admitiu que segue uma linha de continuidade como seu antecessor em termos diplomáticos.

Montenegro
Montenegro Miguel A. Lopes/Lusa
09 de Maio de 2025 às 22:11

O presidente do PSD assumiu esta sexta-feira que adotou uma linha de continuidade face aos executivos de António Costa na política externa e considerou que o faz com maior convicção do que alguns da família socialista do ex-primeiro-ministro.

Luís Montenegro falava perante um auditório completamente cheio na Associação Nacional de Jovens Empresários, no Porto, numa iniciativa que assinala o Dia da Europa.

A sessão abriu com o eurodeputado social-democrata Sebastião Bugalho a atacar a estratégia de "medo" que disse estar a ser usada pelo PS na campanha eleitoral e a fazer a Luís Montenegro a primeira pergunta sobre a necessidade de Portugal investir em Defesa para cumprir os compromissos com os seus aliados.

Já o secretário-geral do PS considerou que quando a AD tem que lidar com uma crise "quem paga" é o povo, defendendo que o programa do seu partido não é "uma mentirinha" como o do PSD/CDS.

"Quando a AD tem que lidar com uma crise quem paga são sempre os mesmos, é o povo, é quem trabalha. E foi assim na crise com que eles tiveram que liderar sob a liderança de Pedro Passos Coelho", afirmou Pedro Nuno Santos num comício, em Vila Real, que encerrou o sexto dia de campanha.

O líder socialista avisou que o país não está "em tempos normais", que o clima "é de grande incerteza" e que se está "à beira de uma guerra comercial" e de "uma crise económica".

Mais à esquerda, a coordenadora nacional do BE afirmou esta sexta-feira que o que vai decidir "para que lado vai o diálogo" após as eleições legislativas "são os votos no seu partido, e que se o país souber "de que lado está, não há surpresas".

"O que vai decidir para que lado vai o diálogo são os votos no BE, é se há ou não a eleição de deputados do BE. Nós já percebemos que não há maioria absoluta, que é preciso entendimentos entre partidos, e as pessoas podem escolher votando no partido, nas propostas, com o seu coração, com a sua vontade, podem escolher o que é que querem no dia a seguir às eleições", argumentou Mariana Mortágua.

Por seu turno, o secretário-geral do PCP disse em Évora, em resposta a declarações do Presidente da República, que a estabilidade tem de estar assente na "política da vida das pessoas", senão é "oca e depois cai".

Questionado sobre as declarações do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na quinta-feira sobre as condições de governabilidade após as eleições de 18 de maio, Paulo Raimundo vincou que "não vale a pena a estabilidade governativa" e que essa estabilidade não existiu nos últimos anos.

"Se há coisa que nós sabemos destes últimos anos, é que não há estabilidade governativa assente em nada. Ou é assente na política da vida das pessoas ou então é oca e depois cai - cai por isto ou cai por aquilo -", disse.

O porta-voz do Livre defendeu a criação de um Fundo Estratégico da Ciência e Tecnologia, através da consignação de parte do IRC, para assegurar o financiamento das universidades e politécnicos portugueses.

"Uma das coisas que precisamos de fazer é assegurar continuidade aos orçamentos das universidades e dos politécnicos para que reitores e presidentes possam fazer planos a longo prazo. Para isso, o Livre propõe a criação de um fundo de investimento estratégico para o ensino superior, assegurado através da consignação de uma parte do IRC", especificou Rui Tavares no final de uma visita ao Instituto Politécnico de Setúbal.

À direita, o líder da IL disse já ter percebido que Luís Montenegro "não é liberal", mas advertiu que as medidas que tomou na habitação só fizeram subir os preços e defendeu que as do seu partido "estão certas".

Em declarações aos jornalistas após ter visitado uma empresa metalúrgica em Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro, Rui Rocha foi questionado sobre as palavras de Luís Montenegro que, esta tarde, disse não ser liberal nas medidas para a habitação, por considerar que "o mercado não resolve tudo" e é necessária intervenção do Estado.

"Nós já tínhamos percebido que Luís Montenegro não é liberal, já tínhamos percebido que as políticas de habitação da AD são políticas que não estão a funcionar, que fizeram aumentar os preços porque aumentou a procura e não teve a coragem necessária para tomar as medidas para que venham mais casas, que haja mais oferta", respondeu o líder da IL.

O líder do Chega, André Ventura, defendeu que só uma vitória do seu partido poderá garantir condições estabilidade ao novo governo e considerou que "não interessa o não é não, se os portugueses disserem que sim é sim".

"Acho que já tinha ficado claro que o Presidente da República quereria um governo de condições e de estabilidade, e não um governo para durar mais um ano, ou seis meses. E isso reforça aquilo que eu tenho dito, que só uma vitória do Chega à direita poderá garantir essa estabilidade", afirmou, em declarações aos jornalistas no arranque de uma arruada em Viana do Castelo.

Quanto à porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, defendeu um "compromisso suprapartidário" que permita combater a violência doméstica no país e apoiar as vítimas, lamentando que o debate sobre o tema esteja atualmente "capturado pela extrema-direita".

Após uma visita ao Espaço Júlia, em Lisboa, de apoio a vítimas de violência doméstica, Inês de Sousa Real preconizou a criação de mais locais de acolhimento para as vítimas deste crime, frisando que, atualmente, "continuam a não sair de casa, precisamente porque não têm espaços que as permitam acolher".

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