Rui Rio clama por reformas estruturais para combater radicalismos
O PSD diz estar disponível para essas reformas, nomeadamente na Justiça, já que "a falta eficácia do sistema de justiça é uma das principais razões de descontentamento do povo português".
Rui Rio, presidente do PSD, realçou estar disponível para acordos de regime. As reformas, diz, têm de ser feitas para "atacar verdadeiras causas" dos radicalismos, estando a faltar "capacidade de destruir o que o faz crescer".
O líder do PSD diz que tem "faltado ambição e vontade politica para realizar reformas que a realidade reclama e a prudência aconselha". Por isso, "se as reformas não forem feitas não serão os cordões sanitários e artigos de opinião radicais" que atacarão os radicalismos. E, nas suas palavras, é, assim, "um regime doente".
Nessas reformas fala essencialmente da justiça. "A falta eficácia do sistema de justiça é uma das principais razões de descontentamento do povo português". Fala das "permanentes violações do segredo de justiça, da incapacidade de punir a corrupção e os crimes de colarinho branco, que têm arruinado as finanças públicas e poupanças de família, as investigações espetáculos que amesquinham direitos humanos e promovem julgamentos populares são exemplos de como regime está doente e divorcidado dos seus próprios princípios".
E ataca mesmo os agentes da justiça. "Quando agentes do sistema cometem eles próprios o crime da violação do segredo de justiça não estão só a desprestigiar a vida pública, como estão a destruir a sua própria autoridade e credibilidade". Graça, nas suas palavras, "um sentimento de impunidade dos poderosos e dos sistema judiciais, que se auto-governa no evidente défice de transparência", clama por isso responsabilização na avaliação e "obviamente" tem de haver transparência. "Quando processos juidiciais demoram mais 10 anos, nalguns casos 20 anos, até transitarem em julgado, não estamos a fazer justiça, porque quando não é feita em tempo útil não é justiça".
Rui Rio mostra-se disponível, como diz estar desde 2018, "em nome do interesse nacional" para "fazer acordos estruturais que só maiorias políticas permitem alcançar".
Reformas ao nível da jutiça, mas também para a modernização do sistema político, para o combate das assimetrias regionais, para a sustentabilidade da segurança social", reformas que a evolução da sociedade impõe.
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