Fechar fronteiras? "não está ainda em cima da mesa, mas vamos ver como isto vai evoluir"
O ministro dos Negócios Estrangeiros admite que existem possibilidades nos tratados de repor fronteiras, e salienta que "nem a melhor informação técnica e científica disponível neste momento diz que esse tipo de controlos é eficaz".
Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, garante que neste momento não está em cima da mesa Portugal encerrar fronteiras para controlar a propagação do novo coronavírus.
Ainda que haja possibilidades legais, em alguns casos, das fronteiras serem recolocadas, o ministro da diplomacia nacional garante que "não está ainda em cima da mesa", mas deixa a porta aberta: "mas vamos ver como isto vai evoluir", diz em entrevista à TSF/DN.
Ainda assim uma medida dessas não seria competência de um único ministro, mas do Governo, e, acrescenta, "a forma racional de agir é com base na melhor informação técnico-científica, neste caso médica".
E reafirma: "não está em cima da mesa, nem a melhor informação técnica e científica disponível neste momento diz que esse tipo de controlos é eficaz. Basicamente, a recomendação das autoridades de saúde - vou dizer com base na minha competência, que é de cidadão comum nessa matéria - em todo o lado, incluindo em Portugal - e eu, cidadão Augusto Santos Silva, traduzo assim -, diz para termos muito cuidado com a higiene, para multiplicarmos os cuidados de higiene. Basicamente é isso".
Para os cidadãos que viajam de uma zona infetada, há outros cuidados. Nas recomendações do Ministério dos Negócios Estrangeiros é a de que não se façam viagens não essenciais à República Popular da China; que não se realizem excursões, visitas de estudo ou outras deslocações de estudantes a Itália; que as pessoas que estejam em viagens a Itália cumpram as recomendações e sigam as informações das autoridades italianas e tenham as cautelas de segurança adequadas. No caso do Irão, "o ministério avisou que, como estava em curso um processo de fechamento de fronteiras por parte de países vizinhos e várias companhias aéreas estavam a suspender os voos, os portugueses que estivessem de viagem no Irão deveriam antecipar os seus planos de regresso", especificou.
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