Botton, Relvas e Oxy investem 18 milhões no fabrico de louça
A indústria portuguesa de cerâmica, que vive um revigorado élan nas exportações, vai contar com um novo operador nacional e totalmente voltado para os mercados internacionais. Chama-se Mesa Ceramics e tem em construção uma unidade fabril no Eco Parque de Estarreja, que deverá ficar concluída em Março do próximo ano.
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"Na análise do mercado internacional de cerâmica de mesa, identificámos a oportunidade de fabrico em Portugal para fornecimento de retalhistas internacionais de grande dimensão a preços globalmente competitivos", explicou António Serras Rendas, CEO e accionista da Mesa Ceramics, em declarações ao Negócios.
A nova unidade, que vai fabricar louça de mesa (pratos, tijelas e canecas) em grés, terá "uma capacidade para a produção de 12 milhões de peças por ano" e "será 100% para exportação, para a Europa e para os Estados Unidos". O projecto de investimento, que está orçado em 18 milhões de euros, foi candidatado ao programa Compete (fundos comunitários), tendo-lhe sido atribuído um incentivo financeiro de 8,8 milhões de euros.
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CEO da Mesa Ceramics
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O CEO da Mesa Ceramics afiançou que a nova fábrica vai criar cerca de 180 postos de trabalho e fechar o exercício de 2018, correspondente a apenas cerca de oito meses de actividade, com uma facturação da ordem dos quatro milhões de euros. "No ano de cruzeiro (2019) prevemos atingir vendas de 10 milhões de euros", adiantou o mesmo empresário.
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Na estrutura de capital da Mesa Ceramics constam três grandes accionistas – Filipe de Botton e Alexandre Relvas, accionistas da Logoplaste (multinacional produtora de embalagens e vasilhas plásticas), e a sociedade gestora de fundos de "private equity" Oxy Capital, que participa neste projecto através do Fundo Revitalizar Centro, que conta com a participação de fundos comunitários e dos principais bancos portugueses. Acresce António Serras Rendas e José Ortigão Ramos, ex-CFO da Logoplaste.
A construção da fábrica está a cargo da DST. Com uma área de implantação de quase 12 mil metros quadrados, "o pavilhão industrial vai ser constituído por um único volume que integrará duas áreas principais, a social e a administrativa, composta por um piso e um ‘mezzanine’, e a área técnica, dividida em nove zonas distintas, como as zonas de cais de cargas e descargas, silos de grão, armazém de vidrado, prensas, fornos, armazém e embalagem/expedição, laboratório, manutenção e zona técnica", detalhou a construtora bracarense.
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Decidida a recorrer "a sistemas de tecnologias ecológicas e ‘amigas’ do ambiente", uma das soluções ecológicas e económicas adoptadas "passa pela preferência no uso de aparelhos de iluminação LED em todo o edifício, que vai permitir uma diminuição significativa do consumo de energia", destacou a DST.
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