Pinto da Costa aliena 3.700 acções do Porto SAD

O presidente do Futebol Clube do Porto e da Porto SAD, Jorge Nuno Pinto da Costa, alienou, no passado mês de Agosto, um total de 3.700 acções da sociedade anónima desportiva, por um montante de 12,758 mil euros, de acordo com o relatório e contas consolidado da empresa, relativo ao primeiro semestre do exercício de 2003/2004.

De acordo com o documento que dá conta do balanço da actividade da Porto SAD entre Julho e Dezembro de 2003 – o exercício fiscal da empresa decorre nos 12 meses que separam Julho e Junho do ano seguinte – Jorge Nuno Pinto da Costa foi o único membro do conselho de administração da sociedade desportiva a vender acções.

Pinto da Costa alienou 77 títulos da Porto SAD a 1 de Agosto, com o preço de 3,36 euros, totalizando 259 euros. Mais 23 acções foram vendidas a 21 do mesmo mês, a 3,42 euros, totalizando 79 euros. Finalmente 3.600 títulos foram alienados por Pinto da Costa, a 3,45 euros, o que soma 12,420 mil euros. No total, foram alienadas 3.700 acções por um montante global de 12,758 mil euros, a um preço médio de 3,44 euros. O presidente do Porto, que detinha até então 68.994 acções da SAD, passou a deter 65.294 títulos.

Hoje, as acções da Porto SAD [FCP] encerraram a cair 0,30%, para 3,36 euros.

A Porto SAD é directamente controlada em 40% pelo Futebol Clube do Porto (seis milhões de acções) e em 22% pela Sportinveste SGPS (3.242.871 acções). O grupo Amorim, através da sua participada Aplicação Urbana II – Investimento Imobiliário, controla outros 20% da sociedade desportiva (2.996.400 títulos).

A Porto SAD – que consolida as suas contas com as das participadas PortoComercial, FCPortoMultimédia e PortoEstádio – encerrou o primeiro semestre do seu exercício fiscal de 2003/2004 com prejuízos de 12,6 milhões de euros, uma melhoria de 33% face aos 18,8 milhões de euros negativos registados no período homólogo do ano fiscal de 2002/2003.

De acordo com o relatório da administração da empresa «este número deve ser analisado enquadrado na tradicional sazonalidade das contas da F.C.Porto SAD, em função das mais valias com transferências que normalmente ocorrem no último trimestre do exercício».

Em Outubro de 2003, na apresentação de contas do ano fiscal de 2002/2003, a administração da Porto SAD previa que a empresa atingisse um resultado líquido negativo de cinco milhões de euros no final do exercício de 2003/2004, que terminará em Junho próximo. O orçamento do exercício de 2003/2004 prevê um «resultado líquido do exercício de cinco milhões de euros negativos e um ‘cash-flow’ de 13 milhões de euros», anunciou então a SAD do Porto em comunicado.