Acções da Fiat Chrysler recuperam após CEO desvalorizar investigação às manipulações de emissões
A Fiat Chrysler regressou esta sexta-feira, 13 de Janeiro, a negociar em bolsa, depois de terem sido tornadas públicas as acusações de alegada manipulação de emissões poluentes nos Estados Unidos da América.
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Depois de terem chegado a cair 16% na última sessão, com uma perda total de 2,6 mil milhões de euros, os títulos da fabricante automóvel já estiveram a valorizar mais de 7% na manhã desta sexta-feira.
O cenário surge depois de o CEO Sergio Marchionne ter classificado como um "absurdo disparate" a comparação deste caso ao escândalo de emissões da Volkswagen, que já custou mais de 20 mil milhões de euros ao grupo alemão.
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O gestor reforçou que não houve intenção deliberada de manipular emissões e que não era clara a obrigatoriedade em identificar e comunicar à Agência de Protecção Ambiental (EPA) a instalação de "software" desta natureza.
A imprensa norte-americana concretiza que o caso da Fiat Chrysler pode ser resolvido com uma simples actualização da tecnologia instalada. Contudo, a fabricante automóvel não se livrará de coimas que podem rondar os quatro mil milhões de euros, tendo em conta o valor que a legislação define.
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Vários engenheiros da Fiat deslocam-se esta sexta-feira à EPA e, na próxima segunda-feira à entidade que controla os recursos do ar na Califórnia, para discutir os modelos de 2017 e aguardar a sua aprovação perante as autoridades.
As investigações à Fiat Chrysler estão a ser levadas a cabo pelo governo norte-americano, que acusa a fabricante de ter instalado um software que manipulou as emissões de mais de 104 mil carros, concretiza a agência Bloomberg.
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A Agência de Protecção Ambiental norte-americana dirigiu um aviso de violação à Fiat Chrysler por alegado incumprimento do Clean Air Act, lei que regula a poluição atmosférica a nível nacional. A empresa terá instalado, sem divulgar, o "software" manipulador das emissões poluentes entre 2014 e 2015.
Em causa estão os modelos Jeep Grand Cherokees e as carrinhas Ram 1500 com motores diesel de três litros.
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Esta semana, e em resposta às pressões do presidente eleito Donald Trump para que as fabricantes automóveis se instalem nos Estados Unidos da América, a Fiat tinha anunciado um
Esta não é a única investigação em curso pelas autoridades norte-americanas à Fiat Chrysler. Em Julho do ano passado, foi noticiado que estaria a ser avaliado se a empresa tinha inflacionado o seu número de carros vendidos.
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Na origem das investigações estão as declarações de um vendedor de Illinois, alegando que a Fiat Chrysler tinha manipulado e recompensava os concessionários que falsificassem os dados de vendas. Outros empresários juntaram-se, dando força a esta posição.
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