Tesla vai fazer revolução na administração
A Tesla vai propor aos acionistas uma revolução no conselho de administração.
A Tesla vai fazer uma verdadeira revolução ao nível do seu conselho de administração. Vai dizer adeus a gestores que estão na empresa há muitos anos e vai reduzir o conselho de 11 para 9 elementos.
Os acionistas da Tesla vão ser chamado a votar a redução da duração dos mandatos dos gestores de três para dois anos na assembleia geral de 11 de junho.
Assim, Brad Buss, Antonio Gracias, Stephen Jurvetson e Linda Johnson Rice vão sair do conselho nos próximos dois anos. Buss e Rice não estão na lista das nomeações para o conselho que será discutida na assembleia geral de junho deste ano. Jurvetson - que está de licença desde as alegações de condutas irregulares na sua empresa de capital de risco em 2017 mas que regressará este mês- manter-se-á até ao encontro de 2020.
Antonio Gracias, que detém um fundo de investimento, indicou que não continuará no conselho da Tesla depois de terminar o seu mandato, no final do próximo ano.
Buss, Gracias e Jurvetson estão há muito associados ao fundador da Tesla, Elon Musk. Gracias e Jurvetson estão, também, na administração da empresa para as aventuras espaciais de Musk, a SpaceX.
Recentemente integraram o conselho da Tesla o fundador da Oracle, Larry Ellison, e a especialista em recursos humanos da Walgreens Boots Alliance, Kathleen Wilson-Thompson, tendo também nomeado Robyn Denholm presidente não executivo, depois de Elon Musk ter sido forçado a sair das funções de "chairman", num acordo com a SEC.
Estas mudanças acontecem num momento em que a Tesla tenta responder às críticas de défice de governação.
E acontecem numa semana importante para a empresa. Na segunda, a Tesla vai fazer um encontro para investidores, para mostrar os progressos nos carros autónomos, nomeadamente no seu projeto designado Autopilot. Na quarta-feira apresentará os resultados do primeiro trimestre.
E Musk e a SEC têm até quinta-feira, 25 de abril, para chegarem a acordo na disputa sobre os tweets de Musk, depois de ambas as partes terem pedido mais tempo, face à data inicialmente estabelecido de 18 de abril.
As ações da Tesla estão, este ano, em queda de 18%, o que compara com os ganhos de 21% que o Nasdaq leva.
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