Caixa atira fecho da venda de banco no Brasil para meados de 2027
O vice-presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral Depósitos (CGD), Francisco Cary, admitiu nesta terça-feira que não será possível concluir a venda do banco no Brasil antes de meados de 2027.
"Estes processos de venda são sempre muito demorados, em particular a sequência de autorização regulatória", que a experiência no Brasil mostra que leva "perto de um ano", afirmou Francisco Cary.
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Por isso, mesmo que se chegue a acordo com potenciais compradores em 2026, o processo nunca ficará fechado "antes de meados de 2027", acrescentou o vice-presidente da Comissão Executiva do banco público.
Francisco Cary falava na conferência do Negócios 'Banca do Futuro', que decorre nesta terça-feira, 18 de novembro, em Lisboa.
Em setembro, o Governo aprovou a venda da totalidade banco da CGD no Brasil, relançando um processo que já teve avanços e recuos. Em 2023, o processo de venda então em curso foi mesmo cancelado, depois de a CGD não ter recebido propostas atrativas.
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Agora, na apresentação de resultados da CGD, neste mês de novembro, o CEO do banco público, Paulo Macedo, disse que já há vários interessados na filial do banco no Brasil.
A venda decorre ainda do plano de restruturação – já concluído – da CGD negociado em 2016 com a Comissão Europeia e que começou a ser implementado em 2017. Foi uma das exigências de Bruxelas para a recapitalização de 3,9 mil milhões de euros.
A filial brasileira da CGD é de pequena dimensão e dedica-se sobretudo à banca de empresas e de investimento, apoiando clientes em operações de financiamento, fusões e aquisições.
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O peso é reduzido para o grupo que, nos primeiros nove meses deste ano, anunciou que “as filiais detidas para venda contribuíram com cerca de 16 milhões de euros” para o resultado líquido de 1,4 mil milhões de euros até setembro.
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