Dono do BPI avalia compra do Novo Banco

Caixabank está a explorar uma potencial aquisição, avança a Bloomberg. Hipótese contraria o que os donos do BPI afirmaram no ano passado, quando se colocaram fora da corrida. Contactada pelo Negócios, a instituição espanhola não comenta.
Hugo Neutel 09 de Maio de 2025 às 18:09

O Caixabank, dono do BPI, está a avaliar o cenário de aquisição do Novo Banco. A notícia é avançada pela Bloomberg, que cita fontes conhecedoras do processo. O banco espanhol estará mesmo em negociações nesse sentido, diz a agência. Contactado pelo Negócios, o Caixabank não comenta

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O Novo Banco prepara uma Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla inglesa) que não deverá ter lugar antes de junho. No entanto, o cenário de venda direta nunca foi afastado.

O fundo norte-americano Lone Star, maior acionista do Novo Banco, tem 75% do capital e prepara a alienação de 20% a 25%.

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A agência financeira acrescenta que a instituição financeira portuguesa poderá ainda atrair o interesse de outros "players" internacionais como o grupo francês BPCE.

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Em Portugal, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) também está a analisar uma possível aquisição.

O alegado interesse do Caixabank entraria em conflito direto com o que o banco disse em novembro de 2024. Em Madrid, na conferência de imprensa de apresentação do Plano Estratégico do grupo catalão para o período 2026-2027, o CEO do Caixabank, Gonzalo Gortazár, considerou que "o BPI está a fazer as coisas francamente bem e, por isso mesmo, não contemplamos nenhuma operação de crescimento que não seja puramente orgânico em Portugal".

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Mais tarde, em janeiro de 2025, o banco espanhol não desmentiu as notícias que deram conta que teria destacado uma equipa interna para estudar essa possibilidade.

Perante o alegado interesse no Novo Banco, o Caixabank, contactado pelo Negócios, recusa comentar aquilo que descreve como "rumores".

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Novo Banco, nova vida

O Novo Banco registou um lucro de 177 milhões de euros no primeiro trimestre, depois de um recorde de 745 milhões em 2024.

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Em março, o banco deu a conhecer a intenção de distribuir dividendos 3,5 mil milhões de euros em três anos.

Deste valor, mais de 200 milhões – relativos ao lucro de 2024 – já foram entregues aos acionistas. Na semana passada, a instituição aprovou uma redução de capital de 1,1 mil milhões de euros, com vista a entregar o mesmo valor aos detentores do capital.

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O Novo Banco é detido pelo fundo norte-americano Lone Star (75% do capital), Fundo de Resolução (13,54%) e Estado (11,46%).

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