Fundo da Herdade da Comporta já foi vendido

O empresário Pedro Almeida adquiriu 59% do fundo de investimento da Herdade da Comporta. O processo tinha sido iniciado em Setembro do ano passado.
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Foto: João Paulo Dias Comporta
Celso Filipe e Diogo Cavaleiro 10 de Julho de 2017 às 11:32

O fundo da Herdade da Comporta, nas mãos da falida Rioforte, já foi alienado. O comprador é o empresário Pedro Almeida. Por vender continua a sociedade que gere as actividades agrícolas da herdade.

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Ao que o Negócios apurou, a operação passa pela venda de 51% da Herdade da Comporta – Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado (FEIIF). A herdade, que pertencia ao Grupo Espírito Santo, localiza-se no Alentejo, nos concelhos de Alcácer do Sal e Grândola. 

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O jornal Eco tinha, em Maio, noticiado que Pedro Almeida, ligado ao sector petrolífero, era o empresário posicionado para ser o comprador do fundo. Pedro Almeida é o líder da Ardma SGPS, sociedade ligada ao transporte petrolífero. Contactado, o empresário rejeita ter entrado no processo com parceiros portugueses, recusando uma ideia entretando noticiada inicialmente pelo Negócios.

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Pedro Almeida garantiu que a empresa de 59% das unidades de participação do fundo da Comporta, detido pela Rioforte, é feita pela Ardma Imobiliária, do ramo imobiliário da Ardma SGPS. 

Em Maio, a expectativa era, então, que a transacção ficasse concluída no primeiro trimestre do ano, prazo que resvalou por uns dias. Não foi possível apurar o valor a que se concretizou o negócio. 

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Este foi o segundo processo de venda do fundo, já que o primeiro tinha sido cancelado em Junho de 2015 depois de o Ministério Público ter decretado o arresto de bens do Grupo Espírito Santo. Entre os interessados estavam, nessa altura, os americanos Asher Edelman e o sócio David Storper, da Armory Merchant Holding, que ofereciam 400 milhões de euros pelo fundo e pela sociedade agrícola da Comporta.

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Em Setembro do ano passado, iniciou-se o segundo processo de alienação da Herdade da Comporta - Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado, que gere os projectos turísticos e imobiliários daquele empreendimento. A venda foi desencadeada pela comissão liquidatária da Rioforte, a sociedade do antigo Grupo Espírito Santo que tem uma posição de 57% no fundo, com a PLMJ como assessora jurídica e o Haitong Bank como assessor financeiro.

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A venda foi lançada "com o acordo das autoridades judiciais portuguesas". Aliás, assim teria de ser já que a justiça nacional não estava a permitir a saída de fundos. Segundo foi já avançado em documentos oficiais pela comissão liquidatária da Rioforte, as receitas ficarão retidas em Portugal.

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"O produto líquido da venda [do fundo de investimento da Comporta] será depositado numa conta bloqueada pelas autoridades portuguesas", indica o relatório, relativo ao final do ano, dos curadores de insolvência da Rioforte, sociedade através da qual o GES controlava a herdade localizada na costa alentejana. 

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"Sob as mesmas condições", isto é, com o arresto das receitas obtidas com a transacção, seguirá também a venda das acções da Herdade da Comporta - Actividades Agrosilvícolas e Turísticas, empresa responsável pela área agrícola em que os arrozais são conhecidos. Contudo, esta operação ainda não arrancou.

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Segundo revelou ao Eco em Maio, Pedro Almeida também pretende adquirir a área agrícola deste negócio. 

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(Notícia corrigida às 16:15: Pedro Almeida rejeita que tenha comprado o fundo com parceiros e garante ter feito a aquisição de 59% do fundo através da sua empresa Ardma Imobiliária)

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