Lucros da Caixa caem 39% para 392 milhões até setembro
Os lucros da Caixa Geral de Depósitos (CGD) recuaram 39% para 392 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, em comparação com o período homólogo, num período em que o banco continuou a reforçar as provisões para responder à pandemia.
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O banco estatal tinha registado um resultado positivo de 640,9 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2019, que refletiu o ganho que a Caixa obteve com as vendas das unidades em Espanha e África do Sul.
"O resultado líquido consolidado dos primeiros nove meses de 2020 atingiu os 392 milhões de euros, (-39% face ao mesmo período de 2019), equivalente a uma rentabilidade dos capitais próprios (ROE) de 6,6% (descida de 4,2 p.p. face ao homólogo)", indica o banco num comunicado enviado à CMVM esta quinta-feira.
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Este valor, refere a CGD, inclui um resultado extraordinário de 51 milhões de euros (depois de impostos) decorrentes de ganhos atuariais nas responsabilidades com benefícios pós-emprego (fundo de pensões e plano médico). "Deste modo, o resultado líquido corrente foi de 342 milhões de euros o que corresponde a uma redução de 29% face ao resultado corrente do período homólogo de 2019 e a um ROE de 5,8%", nota. Este resultado reflete o
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Neste período, a margem financeira diminuiu 76,5 milhões de euros (-9%) face ao mesmo período do ano anterior, "impactada pelos níveis historicamente baixos das taxas de juro e pela amortização antecipada de crédito a entidades públicas que se verificou em 2019". Por outro lado, as
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Quanto aos custos de estrutura, estes "totalizaram 620,9 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2020, o que se traduziu numa redução de 10,2% face aos primeiros nove meses de 2019. Esta evolução positiva foi especialmente significativa na diminuição de 47,7 milhões de euros dos custos com pessoal (-11,0%)", explica o banco.
A Caixa registou ainda uma melhoria da qualidade dos ativos, com o rácio de NPL a recuar para
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Os rácios de capital atingiram 17,2% no capital core (CET1) e 19,8% no capital total.
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Por outro lado, o "stock" de crédito a empresas em Portugal (excluindo os sectores de construção e imobiliário) cresceu 9,8% nos primeiros nove meses. Já a produção de crédito à habitação "manteve a tendência de aumento da quota de produção que atingiu 21% entre janeiro e agosto e 24% se considerado apenas o mês de agosto, alcançando-se na produção anual um crescimento de 4% face ao período homólogo de 2019".
(Notícia em atualização.)
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