Centeno quer "clarificar completamente" apoios após fim das moratórias
Governador do Banco de Portugal admite que há um "grande desafio" em adaptar as medidas existentes, mas considera que a economia portuguesa tem demonstrado "resiliência e a sinistralidade nos créditos".
O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, alerta para a importância de aplicar um regime de apoios claro após o fim das moratórias bancárias, que entram esta quarta-feira no último mês e num período de prepração para a transição. Em entrevista ao Eco, o banqueiro central diz confiar na capacidade dos bancos de cumprirem as responsabilidades devidas na identificação e acompanhamento dos clientes em dificuldades, bem como na procura de soluções.
"Com a aproximação do momento em que as moratórias terminam para estes setores (porque para os restantes este processo já se iniciou em março) é muito importante clarificar completamente o quadro de apoios subsequentes", diz Centeno ao jornal online. "Terminar com as moratórias não significa deixar um vazio de políticas de apoio, antes pelo contrário. Significa fazer evoluir as medidas de apoio, em especial para os setores mais afetados pela pandemia". O líder do supervisor bancário admite que há um "grande desafio" em adaptar as medidas existentes, mas dá o exemplo da transição do lay-off simplificado "por ser temporário, simples e eficaz" e que o primeiro-ministro já anunciou que irá manter-se no Orçamento do Estado para 2022.
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