DBRS vê forte procura por crédito a sustentar lucros da banca
A agência de notação financeira sublinha os fortes resultados alcançados pelo setor no primeiro semestre, apesar da quebra da margem financeira. Daqui em diante, corte nos juros dos depósitos e maior procura por crédito vão suportar lucros.
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A banca portuguesa apresentou um “fortes resultados” nos primeiros seis meses deste ano, com os lucros a ascenderem a 1.427 milhões de euros. A reversão de provisões ajudou a contrariar a quebra da margem financeira, sendo que, com os juros mais baixos, a DBRS vê a forte procura por crédito a ajudar o setor a manter um elevado nível de rentabilidade.
“A libertação de provisões para perdas com empréstimos, a melhoria nas taxas e comissões líquidas e o controlo de custos sustentaram os lucros” da banca nacional no primeiro semestre, diz a agência de notação financeira, salientando que ajudaram a compensar a quebra da margem financeira em resultado da descida dos juros. “A margem financeira ainda elevada, eficiência de custos e menores provisões impulsionaram a rentabilidade”, nota.
Olhando para a frente, a banca beneficiará da “robustez da economia portuguesa”, que reduz o risco de incumprimento e exige menos provisões. Mas também irá capitalizar com o crescimento do crédito, nota a agência. O financiamento para a compra de casa, por exemplo, continua a crescer de forma expressiva, suportado pelos jovens e as medidas criadas para os ajudar na compra de habitação.
“À medida que as taxas de juro continuam a descer gradualmente, embora permaneçam em níveis estruturalmente mais elevados”, a procura por crédito vai ajudar à rentabilidade da banca, diz a DBRS.
A agência canadiana aponta, além do maior volume de crédito, para a quebra do custo de financiamento no retalho, ou seja, a baixa das taxas de juro nos depósitos, como um fator que poderá suportar a rentabilidade do setor, assim como a constante “melhoria da eficiência operacional” da banca.
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