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Queda dos juros diminuiu rendibilidade da banca até março

Margem financeira dos bancos caiu no primeiro trimestre, arrastando os índices de rendibilidade. Rácio de transformação estabilizou.

A queda dos juros do BCE penaliza as contas dos bancos.
A queda dos juros do BCE penaliza as contas dos bancos. Miguel Baltazar Negócios
26 de Junho de 2025 às 16:14

A rendibilidade do sistema financeiro nacional já reflete a queda da margem financeira, que decorre da redução das taxas de juro do Banco Central Europeu. Segundo dados do Banco de Portugal (BdP), nos primeiros três meses do ano, a rendibilidade do ativo (ROA) e a do capital próprio (ROE) reduziram-se face ao trimestre homólogo. O ROA caiu desceu 0,11 pontos percentuais (pp) para 1,29%, enquanto o ROE sofreu uma queda de 1,54 pontos , fixando-se em 13,94%.

A evolução “refletiu a redução da margem financeira, em particular a diminuição de juros e rendimentos similares em empréstimos a sociedades não financeiras e particulares”, explica o supervisor, acrescentando que “em sentido contrário, destacou-se a redução de provisões e imparidades”.

74,9Transformação
Desde o final de 2024 que por cada 100 euros recebidos em depósitos, os bancos estão a emprestar 74,9 euros.

No entanto, é preciso levar em linha de conta que entre janeiro e março, “o ativo total aumentou 1,6%, destacando-se os contributos dos títulos de dívida (1,6 pp) e dos empréstimos a particulares (0,6 pp) e, em sentido contrário, das disponibilidades em bancos centrais (-1,0 pp)”.

o rácio de transformação manteve-se em 74,9%, valor que se verifica desde o final de 2024, “refletindo contributos de magnitude semelhante dos depósitos de clientes (-1,0%) e dos empréstimos (0,9%). O financiamento junto de bancos centrais continuou a ter pouca expressão”, explica o supervisor liderado por Mário Centeno. Este rácio é um dos indicadores que tem reduzido mais ao longo dos anos. Antes da crise financeira chegou a ser de mais do dobro do valor verificado agora.

O rácio de crédito malparado, outro indicador que tem caído consistentemente nos últimos anos, voltou a diminuir: no primeiro trimestre, o índice de NPL (sigla para a expressão inglesa “Non-Performing Loans” baixou 0,1 pontos percentuais, “refletindo a ligeira redução dos NPL num quadro de estabilização dos empréstimos produtivos. O rácio de NPL líquido de imparidades manteve-se em 1,1%”, acrescenta o BdP.

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