Centro de distribuição da Leroy Merlin: "São precisos mais projetos como este", diz Pedro Reis
O ministro da Economia, Pedro Reis, defendeu que "são precisos mais projetos" como o do Centro de Distribuição Nacional da Leroy Merlin, que abriu oficialmente portas, esta terça-feira, na Plataforma Logística de Castanheira do Ribatejo, descrita como a maior de Portugal.
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A multinacional francesa de bricolage, jardinagem e de materiais de construção figura como o principal inquilino da plataforma logística de Castanheira do Ribatejo, um investimento de 120 milhões da espanhola Montepino, detida, entre outros, pelo Bankinter Investment e pela Valfondo Inmuebles, figurando como o primeiro fora de Espanha.
Depois de vestir o colete laranja e calçar as biqueiras pretas para um "tour" por uma fração da área de 105.500 metros quadrados da nova infraestrutura da Leroy Merlin, que representa um investimento de 8 milhões de euros a três anos, onde vão estar a trabalhar "em pleno" 400 trabalhadores, Pedro Reis subiu ao palco para descerrar a placa e, mais tarde, para discursar perante dezenas de convidados.
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"É verdade quando nos dizem o quanto mundo está difícil e quanto a realidade está exigente e quanto o ano de 2025 é desafiante, mas depois há projetos como este e é isso que nos faz acreditar que a economia portuguesa tem futuro, um caminho, um espaço", afirmou.
"O que nós vemos aqui é muito para além de uma área brutal de armazém, é muito para além de pés direitos, é muito para além de uma solução de logística altamente inteligente", sublinhou, aproveitando para "agradecer a todos os 'stakeholders' por acreditarem em Portugal".
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O Centro de Distribuição Nacional da Leroy Merlin vai centralizar todas as operações logísticas no país, permitindo, segundo a empresa, "uma melhoria significativa da eficiência do serviço, assegurando maior disponibilidade de produtos e uma entrega mais rápida, tanto nas lojas como nas encomendas online".
A sustentabilidade foi outro dos pilares da nova unidade que foi construído a pensar na conquista do Leed Platinum, "selo" concedido a edifícios que atendem aos mais altos padrões de eficiência energética, uso responsável de recursos e impacto ambiental reduzido, sublinha a Leroy Merlin, destacando entre as medidas para o efeito a instalação de painéis fotovoltaicos, carregadores elétricos para veículos, iluminação LED e gestão técnica centralizada.
A segurança também sai reforçada assim como a melhoria das condições dos trabalhadores, enfatiza a multinacional francesa para a qual este centro, o seu maior em Portugal, onde chegou em 2003, representa "um importante marco na expansão da sua capacidade logística em Portugal".
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Nova plataforma dentro de dois anos
O "corte de fita" aconteceu esta terça-feira, mas a nova infraestrutura de Castanheira do Ribatejo só deve ficar 100% operacional no primeiro trimestre de 2025.
A Leroy Merlin, que conta com mais de 50 lojas, emprega quase 6.000 trabalhadores e no ano passado alcançou um volume de negócios de 939 milhões de euros (+7%), segundo dados facultados anteriormente ao Negócios.
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E além de prever "entre três a cinco aberturas nos próximos três anos", a Leroy Merlin tem mais ambições ao nível da logística, adiantando que planeia mais uma plataforma logística, nos próximos dois anos, desta feita em Matosinhos.
O centro da Leroy Merlin ocupa um dos maiores lotes da plataforma localizada no entroncamento da A1 (que liga Lisboa e Porto) e da A10 (que liga Lisboa a Espanha e ao Algarve). Trata-se do chamado de "km 0" da logística de distribuição em Portugal, dado que "concentra mais de 68% do parque logístico da Área Metropolitana de Lisboa, que, por sua vez, reúne mais de 80% do parque logístico em Portugal", segundo dados da Montepino.
Vila Franca de Xira esboça "ambicioso" projeto multimodal
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"Estamos a mudar a relevância económica do concelho de Vila Franca de Xira", afirmou, por seu turno, o autarca, Fernando Paulo Ferreira, aproveitando para informar o ministro da Economia que pretende dar-lhe a conhecer um plano que está a ser traçado para "a verdadeira porta de entrada na capital do país": "Estamos já a trabalhar com o apoio de empresas de toda esta grande área para apresentar ao Governo um ambicioso projeto de multimodalidade fluvial, ferroviária e rodovia".
"Em breve pediremos para conversar consigo em audiência e certamente encontraremos em si um aliado neste esforço da câmara e de todas as empresas desta zona de Lisboa", realçou.
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