“Governo não baixa taxas por cedência aos lindos olhos dos empresários”
O ministro da Economia e da Coesão Territorial lembrou que os lucros das empresas são bons, uma vez que permitem o reinvestimento nas comunidades locais e na economia nacional.
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O novo ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, deixou claro esta manhã que a redução das taxas dirigidas às empresas, nomeadamente o IRC, não é feito “pelos lindos olhos dos empresários”, mas sim para promover o crescimento económico do país e das empresas que atuam em Portugal.
Na inauguração do centro logístico da Mercadona em Almeirim, Castro Almeida deu conta da guerra à burocracia que o Executivo está a arrancar e que está a fazer com que as empresas invistam no território nacional. “Portugal é um país bom para investir e vai continuar a ser ainda melhor”, disse o ministro no seu discurso, lembrando que terminou o tempo de “diabolizar a palavra lucros”.
“Criou-se a ideia que os lucros eram um problema e que só se resolviam com taxas adicionais. O lucro é bom, o prejuízo é que é mau”, vincou o governante. A razão? “Queremos que as empresas tenham lucros para que os possam reinvestir em Portugal”.
Em referência à descida da taxa de IRC, já proposta no anterior Governo, o novo ministro da Economia garante que esta redução não é cedência. “Podem pensar que é cedência, mas não é pelos lindos olhos dos empresários que o Governo quer baixar as taxas, é para que possam reinvestir os lucros conseguidos. Confiamos que os lucros ficam nas empresas e que se replicam para a economia nacional”, sustentou.
Na visão deste governante, os lucros são “o fermento que vai fazer crescer a economia” e também o “capital próprio” que a empresa tem para se fazer acompanhar nos anos seguintes, apostando na sua operação. Para Castro Almeida, a redução das taxas serve para potencializar o crescimento das empresas. “Os cidadãos, empresas e investidores estrangeiros não têm de ter dúvidas da forma como defendemos a confiança da boa utilização que as empresas fazem dos seus lucros”, apontou o responsável.
Especificamente sobre a guerra à burocracia, o ministro da Economia afirmou que a Mercadona é um exemplo particular, uma vez que a empresa de origem espanhola se conseguiu articular com o município de Almeirim para desenvolver o complexo logístico “em tempo recorde”.
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