Os portugueses gastaram 20.232 milhões de euros na aquisição de produtos alimentares e não alimentares nas lojas de retalho em Portugal no ano passado, um valor que representa um crescimento de 3,8% face a 2016.

 

Estes dados foram revelados pela APED, no barómetro da associação que foi revelado esta terça-feira.

 

No mercado alimentar o crescimento das vendas foi de 3,9% para 12,02 mil milhões de euros, sendo que se reforçou a opção dos portugueses em comprar artigos em promoção. Segundo a APED, 45% deste total representa compras de produtos em promoção, o que representa um reforço face ao registado em 2016: 43,8%.

 

Uma tendência que se manteve foi a aquisição de produtos de marca branca. Estes representaram 33,4% das compras totais de produtos alimentares no ano passado, em linha com o registado em 2016: 33,3%.

 

Já o local das compras dos produtos também se alterou de forma ligeira, com os portugueses a apostarem mais nos hipermercados em detrimento dos supermercados.

 

A quota de mercado das lojas de menor dimensão foi de 49,8% em 2017, contra 50,2% em 2016. Já a quota dos hipermercados aumentou de 25,9% para 26,5%.

 

Entre as categorias de produtos, os maiores aumentos nas vendas foram de bebidas (+8,5%), higiene e limpeza (+4,1%) e mercearia (+4%).

 

Electrodomésticos e telecomunicações lideram compras

 

Na categoria de produtos não alimentares, os maiores aumentos nas vendas ocorreram nos grandes electrodomésticos (+10,7%) e nos equipamentos de telecomunicações (+13,8%).

 

A APED destaca que as vendas de frigoríficos aumentaram 15%, sendo este o produto mais relevante do mercado de grandes electrodomésticos  (138,4 milhões de euros).

 

Seguem-se as máquinas de lavar roupa (+7,1% para 119,4 milhões) e de lavar louça (+13,2% para 57,1 milhões).

 

Os produtos de informática (-0,3%) foram os únicos onde se verificou uma queda nas vendas, sendo que a queda nos tablets (-11,2%) foi a grande responsável.

 

No segmento dos equipamentos de telecomunicações, as vendas de smartphones cresceram 12,1% para 449,4 milhões de euros.