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Crescimento de assinantes da Netflix desilude. Cotada afunda mais de 19%

A plataforma digital reportou esta noite as contas do quarto trimestre, que dececionaram o mercado. Apesar de os novos assinantes terem sido superiores ao esperado entre outubro e dezembro, o crescimento no conjunto de 2021 foi dececionantes. E a previsão para este ano não é melhor. Resultado: as ações seguem em forte queda no "after hours".

DR
20 de Janeiro de 2022 às 21:54

A Netflix, que fornece um serviço de streaming de filmes e séries de televisão, e que chegou a Portugal em outubro de 2015, reportou os números do seu quarto trimestre fiscal e do conjunto do ano de 2021, tendo desiludido em matéria de novos clientes. E o "guidance" para o trimestre em curso também desapontou.

A empresa teve um lucro por ação de 1,33 dólares entre outubro e dezembro, quando os analistas inquiridos pela Bloomberg apontavam para menos: 80 cêntimos por ação.

Já as receitas ficaram em linha com o projetado, ao atingirem os 7,71 mil milhões de dólares.

Em contrapartida, o número de novos assinantes desiludiu no ano. No quarto trimestre, a empresa captou mais 8,28 milhões de subscritores dos seus serviços contra uma estimativa de 8,13 milhões dos analistas auscultados pela Bloomberg. Ficou, pois, acima das expectativas.

Estes números colocam a Netflix com 221,8 milhões de clientes no total do ano, o que correspondeu a um crescimento de 8,9% face a 2020 – e ficando também acima dos 221,6 milhões esperados pelo consenso do mercado. Acontece que se tratou do mais lento crescimento de clientes desde 2015, o que desiludiu os investidores.

Relativamente às estimativas para o trimestre em curso, a Netflix aponta para 2,5 milhões de novos assinantes, o que também dececionou o mercado – já que os analistas ouvidos pela Bloomberg apontavam para 6,26 milhões.

A empresa está assim a prever que a conquista de novos clientes abrandará, pelo menos durante mais um trimestre.

A Netflix sofreu alguma pressão devido às comparações homólogas, uma vez que em 2020, em plena pandemia, os consumidores passaram muito mais tempo online e com necessidade de entretenimento. A empresa chama-lhe mesmo, para justificar este abrandamento, "a ressaca da covid", visto que as pessoas agora preferem passar mais tempo fora de casa para compensarem o 'tempo perdido'. No entanto, ao tratar-se do pior crescimento de assinantes desde 2015, já não é só a covid que entra na equação.

A empresa sediada em Los Gatos (Califórnia) segue a mergulhar 19,33% para 410 dólares no "after-hours" de Wall Street, depois de ter encerrado a sessão do horário regular desta quinta-feira a recuar 1,48% para 508,25 dólares.

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