Cushman & Wakefield alerta para saturação na oferta de "shoppings"
É um sinal dos tempos: num seminário ontem decorrido em Lisboa, a propósito da nova lei de licenciamento comercial, coube à consultora imobiliária co-promotora do evento a voz de alerta.
É um sinal dos tempos: num seminário ontem decorrido em Lisboa, a propósito da nova lei de licenciamento comercial, coube à consultora imobiliária co-promotora do evento a voz de alerta.
"A oferta" de área bruta locável (ABL) de espaços comerciais, vulgo centros comerciais, prevista para os próximos três anos "é muito elevada", e os "novos projectos devem ser cuidadosamente estudados", defendeu ontem Marta Leote, directora de Research & Consultoria da Cushman & Wakefield (C&W).
"Todo o mercado deve ser repensado", escreveu a responsável no 'powerpoint', que reviu os últimos dados do sector: no ano de 2008 foram disponibilizados 300 mil metros quadrados (m2) de ABL em espaços comerciais, o que faz a actual oferta catapultar para 3,2 milhões de m2 em Portugal.
Entre este ano e 2011, estão previstos - e aqui a C&W recorda que este número já só comporta projectos que "têm mesmo pernas para andar" - outros 1,5 milhões de m2. O que quer dizer que se está a apontar para uma fasquia de cinco milhões de m2 de ABL, quando "o mercado já está maduro" e a "situação económica não é boa". A manter-se as actuais circunstâncias, "muitos [dos projectos previstos] ficarão pelo caminho", quer seja pelas dificuldades da conjuntura económica, quer pela maturidade concorrencial do mercado, defendeu Marta Leone.
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