Empresas querem criar residências para imigrantes no Alentejo
A Associação de Horticultores, Fruticultores e Floricultores do Sudoeste Alentejano (AHSA) já deu início aos contactos com os ministérios da Agricultura, Infraestruturas e da Habitação e Presidência da República.
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Perante a realidade de que uma grande parte dos 10 a 15 mil imigrantes da Índia, Nepal, Bangladesh ou Tailândia que chegam ao sudoeste alentejano para trabalhar na agricultura ainda terem de ficar alojados em contentores, a Associação de Horticultores, Fruticultores e Floricultores do Sudoeste Alentejano (AHSA) - que representa empresas agrícolas nesta região - está a negociar com o Governo uma solução para o problema (inspirada no exemplo de Espanha) que passa pela criação de residências oficiais, avança esta sexta-feira o Jornal Económico.
A AHSA já deu início aos contactos com os ministérios da Agricultura, Infraestruturas e Habitação, com a Presidência da república, e pretende montar um grupo de trabalho com empresas locais, a Câmara Municipal de Odemira e as Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo e Algarve para criar uma residência coletiva para trabalhadores estrangeiros. Além disso, quer aproveitar as estruturas modulares existentes para estadias mais curtas.
Pela região do sudoeste alentejano passam 10 a 15 mil imigrantes asiáticos para trabalharem numa indústria que vale 500 milhões de euros em exportações de frutas, legumes, flores e plantas ornamentais. Neste momento, estes trabalhadores ficam alojados em Instalações de Alojamento Temporário Amovível (IATAs), uma estrutura modular semelhante aos contentores dos navios, com dois quartos, duas casas de banho e uma mini-cozinha. Estas construções representaram um investimento de 10 milhões de euros por parte das empresas agrícolas, que receberam uma comparticipação de 15%.
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