A Interbrew, cervejeira belga, e a brasileira AmBev, quinta maior cervejeira do mundo, acordaram combinar as suas operações de forma a criarem a maior cervejeira do mundo, em termos de volume, com receitas de 11,9 mil milhões de dólares (9,74 euros).

A AmBev tinha dito ontem, em comunicado, que as duas cervejeiras estavam em conversações acerca de uma troca de «substanciais interesses accionistas», mas que ainda não estava nada concluído, estavam apenas em negociações.

Hoje a Interbrew confirmou que as empresas vão mesmo combinar operações. A cervejeira belga vai pagar 3,26 mil milhões de euros por 22% Companhia de Bebidas das Américas (AmBev). Esta última vai emitir 9,5 mil milhões de acções ordinárias e 13,8 mil milhões de acções preferenciais.

A empresa será a número um em volume de vendas, com uma quota de mercado global de 14%. Os dois parceiros estimam poupar 280 milhões de euros por ano, através da fusão.

A combinação «representa uma oportunidade para entrar para um dos mercados de cerveja com um crescimento mais rápido», disse o presidente executivo da Interbrew, John Brock, em comunicado.

À semelhança dos seus concorrentes, nomeadamente a Heineken e a SABMiller, a Interbrew está a expandir-se para lá da Europa, uma vez que o consumo de cerveja abrandou neste continente, explica a agência noticiosa Bloomberg.

A cervejeira belga vai usar a rede de distribuição da AmBev para vender cervejas como a «Stella Artois» no Brasil, país onde existem 172 milhões de consumidores.

A Interbrew opera em mais de 21 países dos continentes americano e europeu e na região do Extremo Oriente, estando este ano a expandir a sua presença na América Central, região onde a brasileira AmBev também está a reforçar a sua actividade, depois de ter aumentado a sua participação no mercado latino-americano.