OPEP+ com mais um aumento de produção na calha em novembro
Os preços continuam abaixo do registado nop início do ano, mas atingiram um pico na sexta-feira. OPEP+ tenta recuperar quota de mercado.
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As torneiras da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) não parecem vir a fechar tão cedo. Depois de, no início do mês, ter anunciado a entrada de 137 mil barris em outubro, irá fazer o mesmo em novembro. É pelo menos o que avança a Reuters, antecipando - com base em três fontes próximas do assunto - a reunião de oito membros do grupo, que acontece no próximo domingo, dia 5, por parte de oito países – Arábia Saudita, Rússia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Koweit, Cazaquistão, Argélia e Omã – que tinham firmado dois acordos voluntários de retenção da oferta.
O primeiro acordo começou a ser descontinuado faseadamente em abril passado e neste mês de setembro chegou ao fim, com a entrada total de 2,5 milhões de barris por dia no mercado. Entretanto chegou a vez de este grupo, conhecido como V8, começar a pôr fim a um outro corte voluntário que ascende a 1,65 milhões de barris diários. Este mês decidiram que em outubro entram mais 137 mil barris de crude no mercado e no próximo domingo deverão anunciar um corte da mesma dimensão para novembro, segundo a informação de delegados do cartel à Reuters-
A OPEP+ tenta, assim, reconquistar quota de mercado, que tem estado a ser sequestrada por outros produtores fora do grupo, numa altura em que os preços do crude têm valorizado e que o Presidente norte-americano tem pressionado para uma baixa dos preços do petróleo.
A OPEP+ é responsável por cerca de metade da produção mundial de petróleo.
Na sexta-feira, antes do encerramento da negociação durante o fim de semana, os preços do petróleo seguiam em alta - tanto o Brent, referência para a Europa, como o WTI, negociado em Nova Iorque, valorizavam mais de 1%. O Brent valia 70 dólares por barril e o WTI cerca de 65 - são valores significativamente abaixo dos 80 dólares por barril registados no início do ano, mas representam o valor mais elevado desde 1 de agosto. Os ataques ucranianos a infraestruturas de energia russas impulsionaram os preços, ao perturbarem operações de refinação e transporte de crude de um dos maiores exportadores do mundo.
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