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Lucros da Jerónimo Martins quebram 15,5% nos primeiros nove meses do ano

O grupo de distribuição registou, entre Janeiro e Setembro, uma queda dos resultados, fruto da pressão de uma "maior deflação alimentar". As vendas melhoraram em Portugal e na Polónia, mas as margens voltaram a cair.

29 de Outubro de 2014 às 18:32

A companhia Jerónimo Martins consolidou resultados líquidos, após interesses minoritários, de 237,1 milhões de euros entre Janeiro e Setembro deste ano, uma queda de 15,5% face a igual período do ano passado, anunciou o grupo esta quarta-feira, após o fecho da bolsa. O resultado líquido por acção passou de 0,45 euros para 0,38 euros. 

Nos primeiros nove meses do ano, a JM consolidou um EBITDA, resultado antes de impostos, juros, amortização e depreciação, de 547,5 milhões de euros, menos 4,5% do que um ano antes. A margem EBITDA sobre as vendas caiu de 6,6% em final de Setembro de 2013, para 5,9% um ano depois, menos 0,77 pontos percentuais.  

O EBIT, resultado antes de juros e impostos recuou 11,9%, para 342 milhões de euros. A dívida agravou-se em 140,9 milhões de euros face ao homólogo, para 449,2 milhões de euros.

Em comunicado, a administração liderada por Pedro Soares dos Santos (na foto) assume que "a maior deflação alimentar no terceiro trimestre aumentou a pressão sobre o valor das vendas e sobre a rentabilidade". "Como estimado", avança Pedro Soares dos Santos, citado no comunicado, "este foi um trimestre difícil, com uma rápida aceleração da deflação alimentar nos principais mercados em que operamos".

Vendas totais sobem no retalho alimentar…

As vendas consolidadas foram de 9,33 mil milhões de euros, mais 7,3% do que os 8,69 mil milhões de euros atingidos nos primeiros nove meses de 2013.

Na Polónia, a Biedronka obteve 6,19 mil milhões de euros em vendas, mais 9,7% do que em igual período do ano passado. Terminou com 2.527 lojas no mercado polaco e representa 66,35 das vendas consolidadas pela JM.

Em Portugal, a cadeia Pingo Doce vendeu 2,29 mil milhões de euros nas lojas, mais 1,6% do que nos primeiros nove meses de 2013. O Pingo Doce tinha, no final de Setembro, 380 lojas em Portugal, representando 25,6% das vendas do grupo.

Já na área grossista, a cadeia Recheio registou 603milhões de euros de vendas, recuando 0,9% face ao período homólogo de 2013. Terminou o trimestre com 41 lojas, pesando 6,5% nas vendas consolidadas no período.

… mas recuam na Polónia sem contar com expansão

Se ao indicador total de vendas for retirado o efeito de expansão da rede – medido pelo indicador "like for like" – as vendas tem uma leitura mais negativa.

É em queda que ficam as vendas da Biedronka (menos 1,2%) e da Recheio (menos 1,1%) quando comparado o mesmo parque de lojas (sem aberturas nem encerramentos) com o período homólogo do ano passado.

Já as vendas "like for like" do Pingo Doce, com exclusão dos combustíveis, registam uma melhoria de 0,3%.

Em termos consolidados, o grupo JM registou, no final de Setembro de 2014, vendas "like for like" inferiores em 0,8% ao registado um ano antes. 

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