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Jerónimo Martins afunda mais de 9% para mínimos de quatro anos (act.)

Os investidores voltaram a castigar as acções da retalhista na sequência da apresentação de resultados. A Jerónimo Martins já recuou mais de 60% desde o máximo histórico e vale menos de 5 mil milhões de euros na bolsa.

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jerónimo martins Miguel Baltazar/Negócios
30 de Outubro de 2014 às 15:00

As acções da Jerónimo Martins registaram forte queda na bolsa nacional, reagindo de forma negativa aos resultados dos primeiros nove meses, que foram apresentados na quarta-feira. Os títulos da retalhista encerraram a cair 8,97% para 7,255 euros. No entanto, durante a sessão desta quinta-feira, 30 de Outubro, os títulos atingiram uma queda máxima de 9,41% para 7,22 euros, o valor mais baixo desde Junho de 2010. A desvalorização acentuada dos títulos surge depois da companhia ter anunciado uma quebra nos lucros de 15,5%.

Face ao máximo histórico que atingiu em Abril de 2013 nos 18,47 euros, as acções já recuaram mais de 60%. A dona do Pingo Doce, que chegou a ter uma avaliação bolsista acima de 10 mil milhões de euros, fechou hoje com um valor de mercado de 4,60 mil milhões de euros.

A evolução adversa das acções tem sido sistemática nas sessões posteriores à apresentação de resultados trimestrais, já que estes têm desiludido os analistas e investidores.

Desta vez os analistas também reagiram de forma negativa aos resultados, tendo o Citigroup aplicado um corte no preço-alvo das acções, de 12 euros para 8,80 euros, mantendo a recomendação de "neutral".

O BPI também cortou o preço-alvo da Jerónimo Martins, de 9,80 para 8,70 euros e manteve a recomendação de "neutral". O banco justifica o corte com o facto de o EBITDA e os lucros terem falhado as previsões do mercado em 5% e 15%, respectivamente. Os resultados "fracos" que a Jerónimo Martins apresentou levaram o BPI a rever em baixa as projecções para os lucros por acção da empresa em 8% para o período entre 2014 e 2017.

O CaixaBI, que avalia as acções em 11,10 euros, considera que os resultados da Jerónimo Martins "traduziram mais um trimestre marcadamente difícil, face à aceleração da deflação alimentar verificada em Portugal e na Polónia".

Nos primeiros nove meses do ano, a JM consolidou um EBITDA (resultado antes de impostos, juros, amortização e depreciação) de 547,5 milhões de euros, menos 4,5% do que um ano antes. A administração liderada por Pedro Soares dos Santos assume que "a maior deflação alimentar no terceiro trimestre aumentou a pressão sobre o valor das vendas e sobre a rentabilidade".

(Notícia actualizada às 16h42 com a cotação de fecho)

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