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Central hidroeléctrica do Alto Tâmega arranca em março de 2024

A Iberdrola vai iniciar o enchimento da albufeira do Alto Tâmega e, deste modo, dar os últimos passos para que a última central em construção do projeto de mais de 1,5 mil milhões de euros possa entrar em funcionamento no próximo ano.

barragem do alto tâmega
barragem do alto tâmega Pedro Sarmento Costa/Lusa
09 de Agosto de 2023 às 11:28

A central em falta do projeto de mais de 1,5 mil milhões de euros da Iberdrola no Alto Tâmega vai começar a injetar energia para a rede elétrica em março de 2024. A empresa espanhola informou esta quarta-feira que vai iniciar o enchimento da albufeira de modo a finalizar os trabalhos nos próximos meses. O calendário inicial previa a conclusão das obras até ao final de 2023. 

O Alto Tâmega, com 160 MW, é a última das três centrais que compõem a construção do Aproveitamento Hidroelétrico do Alto Tâmega. As unidades de Gouvães, uma central de armazenamento por bombagem de 880 MW, e de Daivões, com 118 MW, estão em funcionamento comercial desde 2022.

"Recentemente, o túnel de desvio provisório do rio foi fechado e nos próximos três meses, a duração estimada para este processo, será construído um rolhão de betão de 28 metros de comprimento no interior do túnel, para garantir a obturação do túnel de desvio durante toda a vida da instalação. Durante estes três meses de operações, o caudal do rio continuará a passar pelas descargas de fundo da barragem", detalha a Iberdrola em comunicado.

A albufeira do Alto Tâmega, que terá uma área de 468 hectares e um volume de 132 hm3, começará então a ser enchida, fornecendo a água necessária para a produção de eletricidade renovável na central. Após o enchimento da albufeira durante este inverno, "a primeira sincronização de um grupo à rede está prevista para janeiro de 2024 e a central entrará em funcionamento comercial em março de 2024".

A construção desta grande barragem é o culminar da construção do complexo do Tâmega e implicou um investimento superior a 1,5 mil milhões de euros e vai permitir  uma potência  total instalada de 1.158 MW, 880 dos quais são reversíveis (através do armazenamento de água através das albufeiras de Daivões e Gouvães).

O projeto vai produzir anualmente 1.766 Gwh, o equivalente ao abastecimento de energia dos municípios vizinhos do projeto e das cidades de Braga e Guimarães (cerca de 440 mil casas).

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